Legislativo

Jailton Batista é considerado pelos colegas como o "Cunha de Jaboatão"

Apelido do presidente da Câmara de Jaboatão se deve à sua postura autoritária

Marcela Balbino
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Marcela Balbino
Publicado em 26/12/2015 às 8:51
Vereador Robson Leite teria trocado tapas com colega
Apelido do presidente da Câmara de Jaboatão se deve à sua postura autoritária - FOTO: Vereador Robson Leite teria trocado tapas com colega
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Nas últimas semanas, o ambiente político em Brasília esquentou, com direito a agressões físicas e verbais entre parlamentares e manobras controversas. O regimento da Câmara nunca veio tanto à baila quanto agora, com Eduardo Cunha (PMDB) à frente da presidência. Longe destes holofotes, a Câmara dos Vereadores de Jaboatão dos Guararapes, vem trilhando caminho semelhante. Inclusive, o presidente da Casa, Jailton Batista (PSDB), vem sendo tratado como o “Cunha de Jaboatão”. Atribui-se o apelido à postura autoritária e centralizadora do político. Fora isso, a briga entre os pares resultou no atraso do salário de dezembro dos cerca de 400 servidores da Casa. O caso está sendo analisado pela 3ª Vara da Fazenda Pública, que entrou em recesso e só retorna dia 4 de janeiro.

Alçado em janeiro à presidência da Câmara, o vereador amealhou "inimigos" na Casa desde então. Cerca de 22 dos 27 vereadores estão na ala oposicionista. A celeuma aprofundou-se em outubro, quando a Mesa Diretora apresentou projeto de lei 57/2015, que esvaziava os poderes do presidente. Ele passou a ser uma espécie de “Rainha da Inglaterra”. Contrariado, Jailton procurou a imprensa para criticar a ação. Segundo ele, a proposta iria quadruplicar o valor de R$ 10 mil gastos com a contratação de comissionados para os gabinetes do Legislativo Municipal, o que resultaria em um gasto mensal de mais de R$ 1 milhão. 

À revelia do presidente, a proposta passou. Segundo o vereador Eurico Moura, não houve aumento nas despesas. “Diminuímos mais de 30 cargos, muitos ligados ao presidente”, disse. Para Eurico, ex-aliado do presidente, Jailton quis “governar sozinho, sem o colegiado”. “Ele abria a sessão e fechava quando queria, mandando o povo embora”, diz.

Na última terça-feira (22), ele encerrou a sessão com dez minutos, conta. O vice-presidente, Josivaldo Rufino, chegou a reabriu a reunião para votar os projetos, mas o vereador Robson Leite (PT), aliado do presidente, exasperou-se na defesa pela anulação da reunião e foi aos tapas com o vereador Édson Severiano (Louro). “Ele partiu para frente do vice-presidente e jogou o microfone no chão, em seguida o vereador Louro partiu para cima do Robson e começou a briga entre os dois”, contou o servidor, em reserva. O plenário estava cheio.

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