Eleições 2016

PT definirá candidato a prefeito do Recife sem necessidade de prévias

Instrumento partidário foi usado em 1992, 1996 e 2012 e gerou traumas no partido

Franco Benites
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Franco Benites
Publicado em 16/01/2016 às 7:03
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Instrumento partidário foi usado em 1992, 1996 e 2012 e gerou traumas no partido - FOTO: JC Imagem
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Depois de realizar prévias em três oportunidades para decidir seu candidato a prefeito no Recife, o PT não deverá fazer uso do instrumento partidário este ano. Além da evidente falta de interessados em brigar pela indicação ao posto de candidato, as consequências da disputa interna de 2012, com realização e a posterior anulação de uma prévia, contribuem para que os petistas evitem um novo racha.

Pivô de embates internos em 2008 e 2012, o ex-prefeito João da Costa é categórico ao analisar o ambiente interno do PT. "Não temos energia para gastar em uma nova disputa interna. Espero que a gente tenha aprendido”, fala.
Outros petistas também costumam a se referir ao processo de 2012 como lição. “Não tem ambiente interno para prévia. Essa última foi um aprendizado e acendeu a luz de alerta. A vida ensinou e agora reunimos condições para sentar ao redor de uma mesa e conversar”, destaca Dilson Peixoto, que acompanhou de perto as principais prévias petistas como escudeiro do hoje senador Humberto Costa.

Além de 2012, outra prévia que marcou o PT foi a de 96. Vinte anos depois, petistas relembram a disputa que envolveu Humberto, Paulo Rubem (hoje no PDT) e João Paulo. “Humberto venceu, mas trabalhou para buscar o apoio do PSB e de Miguel Arraes (então governador). O diretório municipal do PT criou dificuldades a ponto de inviabilizar esse apoio e Humberto desistiu de ser o candidato”, relata Dilson Peixoto.

Em segundo lugar na prévia, Paulo Rubem foi alçado ao posto de candidato, mas também desistiu. “Não consegui a unidade em torno do meu nome e desisti porque não queria entrar na disputa por vaidade pessoal. Algumas correntes disseram que não fariam campanha”, relembra o agora pedetista.

Sem Humberto e Paulo Rubem, sobrou para João Paulo ir para a disputa em 96. Ele terminou as eleições na terceira colocação, atrás de Roberto Magalhães (então no PFL) e de João Braga (à época no PSDB). Dois anos depois foi eleito o deputado estadual mais votado  e em 2000 conseguiu chegar à Prefeitura do Recife.

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