Levantamento da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) aponta que as prefeituras de 1.884 cidades do País não estão financiando festas de Carnaval em 2016 por causa da crise econômica e da queda de arrecadação. Metade desses prefeitos alegou falta de recursos para não bancar as festividades. Outros 47% disseram que o município tem outras prioridades no momento.
A CNM ouviu 2.903 dos 5.568 prefeitos brasileiros para fazer o estudo técnico. Em Pernambuco, foram ouvidos 46 dos 184 gestores, mas a pesquisa não lista os dados por estado. A entidade divulga apenas que as prefeituras mais afetadas são aquelas com menos de 50 mil habitantes.
Segundo o levantamento, 917 dos prefeitos ouvidos disseram financiar as festas carnavalescas de alguma forma. As três principais formas de apoio são, respectivamente, infraestrutura, ajuda financeira e segurança.
Dentre os prefeitos que disseram não bancar as festas de Carnaval, 35,35% afirmou que pretende investir o dinheiro na saúde e outros 29,5% indicou que os recursos serão investidos na área de educação.
Em 2015, 1.625 das cidades pesquisadas haviam contribuído com o Carnaval, gastando uma média de R$ 158 mil. Este ano, os municípios que investiram na folia aplicaram R$ 129 mil em média; o equivalente a 81% do ano passado.
"A retirada do apoio aos eventos de carnaval por mais da metade dos Municípios brasileiros reforça que a situação financeira do entes subnacionais tem se tornado cada vez mais incisiva. A redução dos repasses de recursos e arrecadações somados a expansão das responsabilidades e, consequentemente, dos gastos dos gestores locais implicam na necessidade da retirada do apoio aos carnavais locais", conclui a CNM ao final do documento.
A pesquisa sobre o apoio ou não das prefeituras ao Carnaval 2016 foi realizada pela entidade entre os dias 19 e 28 de janeiro.
Leia a íntegra do estudo da CNM: