MANIFESTAÇÃO

Para evitar confrontos, grupos pró e contra Dilma marcam protestos em dias diferentes

Movimento Vem Pra Rua organiza ato no domingo (13). Grupos pró-Dilma se reúnem no dia 18, em Brasília Teimosa

Marcela Balbino
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Marcela Balbino
Publicado em 08/03/2016 às 18:11
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Movimento Vem Pra Rua organiza ato no domingo (13). Grupos pró-Dilma se reúnem no dia 18, em Brasília Teimosa - FOTO: Foto: JC Imagem
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Para evitar confrontos com os manifestantes a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), os grupos a favor do governos do PT não organizaram manifestações para o próximo dia 13 e marcaram ato político no dia 18, em Brasília Teimosa, Zona Sul do Recife. O local é reduto histórico dos governos petistas. No próximo domingo, o movimento Vem Pra Rua marcou o quinto ato em apoio à Operação Lava Jato e contra os governos do PT. Os manifestantes percorrerão, a partir das 10h, a Avenida Boa Viagem.

A manifestação a favor do impeachment estava prevista desde a última manifestação, em 13 de dezembro. Havia o temor que os grupos contrários se encontrassem e houvesse confusão. Em São Paulo, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou que grupos pró-Dilma não poderão sair na Avenida Paulista, porque a manifestação do Vem Pra Rua já estava marcada. “É dever do poder público garantir a tranquilidade e a manifestação da população”, disse o tucano. Nessa segunda (7), a presidente Dilma fez reunião de emergência com os ministros mais próximos para discutir os atos do próximo domingo e se eles poderiam atingir o partido, em caso de registros de violência. 

O porta-voz do movimento Vem Pra Rua em Pernambuco, Gustavo Gesteira, avalia que o protesto no Recife será “pacífico e ordeiro”. “Não acredito que vá acontecer qualquer episódio de violência ou confusão. Fizemos quatro manifestações ano passado e todas pacíficas. Vamos às ruas com nossas famílias, idosos, crianças contra o PT e contra a corrupção”, explicou.

Semelhante aos eventos anteriores, Gesteira afirmou que o grupo enviou comunicado à Secretaria de Defesa Social, Secretaria de Mobilidade Urbana do Recife pedindo reforço na segurança. A intenção do grupo é repetir a primeira manifestação, que aconteceu em 15 de março do ano passado.

A Central Única dos Trabalhadores (CUT) orientou os trabalhadores a não irem às ruas no dia 13, justamente para evitar desavenças. “Sabemos como a direita é, eles tentam a todo instante para deslegitimar os movimentos sociais. É um preconceito muito grande contra os trabalhadores. Por isso, orientamos eles a não irem para não gerar conflito”, afirmou Carlos Veras, presidente estadual da CUT.

O presidente estadual do PT, Bruno Ribeiro, explicou que manifestações espotâneas podem acontecer no domingo, mas não será um ato dirigido pelo partido ou pelos movimentos ligados aos governos petistas, como CUT, Fetape, MST. Pelo Facebook, militantes e grupos pró-Dilma articulam ato para o domingo, às 10h, no Marco Zero, Centro do Recife. 

“Nacionalmente, a posição da Frente Brasil Popular e dos partidos aliados é que (o dia 13) é um dia em que eles já estavam se mobilizando. Não vamos fazer esse tipo de movimentação (contrária)”, disse Ribeiro. O contraponto do PT e dos grupos aliados será no dia 18.  “No dia 18 vamos estar todos. Movimentos sociais e lideranças partidárias. Será o ato oficial mesmo dessa nova ofensiva de quem quer avançar com o golpe”, grifou.

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