Parceria Público-Privada

Arena Pernambuco: governo sai da defensiva e parte para o ataque contra a Odebrecht

Esta semana, deputado ligado a Paulo Câmara disse que empresa está "acéfala" no Estado

Franco Benites
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Franco Benites
Publicado em 09/03/2016 às 6:13
Alexandre Gondim
Esta semana, deputado ligado a Paulo Câmara disse que empresa está "acéfala" no Estado - FOTO: Alexandre Gondim
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Em ano de eleições municipais, com o PSB na vitrine, o governo estadual estabeleceu uma estratégia para não sair como vilão na briga envolvendo a Arena Pernambuco. Em reserva, governistas reconhecem que a ordem é sair da defensiva e partir para o ataque usando a Odebrecht como escudo. A meta é evitar o desgaste da gestão Paulo Câmara (PSB) e consequentemente dos seus aliados. Entre eles, o prefeito Geraldo Julio (PSB), que buscará a reeleição.

Em que pese outros contratos entre o Estado e a Odebrecht, aliados do governador já começaram a subir o tom contra a empresa. Esta semana, ao defender a rescisão do contrato da arena, o deputado estadual Aluísio Lessa (PSB) disse que o governo não consegue diálogo com a construtora. “Desde agosto  (de 2015), a Odebrecht está acéfala. Não tem presidente respondendo por ela, não tem diretores que respondam pelo presidente em sua ausência. O que ocorre de fato é que o governo não encontra, dentro da Odebrecht Engenharia, ninguém que possa avalizar essa parceria, esse contrato”, afirmou.

Os governistas também foram instruídos a repetir, exaustivamente, que a construtora falhou e não soube tornar a arena  rentável. Na Assembleia Legislativa, essa foi a linha dos discursos dos deputados ligados ao governo esta semana, a exemplo de Waldemar Borges (PSB), Tony Gel (PMDB) e Aluísio Lessa. “É um equipamento que não tem sido utilizado conforme o contrato anuncia. A arena é deficitária porque a empresa se mostra ineficiente para buscar outros tipos de eventos”, reforçou Lessa.

A Odebrecht deixa o enfrentamento para o campo jurídico e evita bater de frente com os governistas. Por meio de uma nota,  informou que “as partes continuam mantendo tratativas objetivando solucionar amigavelmente as suas divergências”.

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