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Alepe aprova lei que proíbe uso de algemas em grávidas

Texto veda o uso de algemas e calcetas nas detentas durante a gravidez, parto e no período de recuperação

Paulo Veras
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Paulo Veras
Publicado em 14/03/2016 às 19:23
Foto: Roberto Soares/Alepe
Texto veda o uso de algemas e calcetas nas detentas durante a gravidez, parto e no período de recuperação - FOTO: Foto: Roberto Soares/Alepe
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A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) aprovou nesta segunda-feira (14) um projeto de Lei do deputado estadual Zé Maurício (PP) que proíbe o uso de algemas ou calcetas, argolas utilizadas nos pés de detentos, em presas gestantes ou em trabalho de parto, seja ele natural ou por meio de uma intervenção cirúrgica.

Também fica vedado o uso de algemas no período de internação e de estabelecimento de saúde que ocorer após o parto. O texto ainda precisará por uma segunda votação antes de seguir para a sanção do governador Paulo Câmara.

Segundo a proposta, as eventuais situações de perigo à integridade da mãe, do bebê ou de terceiros deve ser abordada através de outros meios de contenção. Segundo a justificativa do parlamentar, a decisão de apresentar o projeto ocorreu após várias notícias de detentas que são algemadas durante o parto.

"Em 2010, a Organização das Nações Unidas adotou resolução que aprova as ?Regras das Nações Unidas para o tratamento de mulheres presas e medidas não privativas de liberdade para mulheres infratoras? (Regras de Bangkok). Consoante esse ato normativo: Instrumentos de coerção jamais deverão ser usados contra mulheres prestes a dar a luz, durante trabalho de parto nem no período imediatamente posterior", afirma o texto.

Zé Maurício diz que a proposta é assegurar mecanismos da Constituição em relação a dignidade da pessoa humana, a vedação ao tratamento desumano ou degradante, o respeito à integridade física e moral aos presos e a proteção à maternidade e à infância.

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