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Ato em defesa de Dilma e Lula reúne militantes no Recife

Segundo a organização, cerca de 50 mil pessoas estarão na passeata

Edson Mota
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Edson Mota
Publicado em 18/03/2016 às 8:45
Foto: Fernando da Hora/JC Imagem
Segundo a organização, cerca de 50 mil pessoas estarão na passeata - FOTO: Foto: Fernando da Hora/JC Imagem
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Apesar de toda a tensão política que atinge o Brasil nos últimos dias, discursos de paz. Este é o desejo dos organizadores da passeata em apoio ao ex-presidente Lula e à presidente Dilma Rousseff, que acontecerá hoje na capital pernambucana e em várias outras cidades do País. A concentração será às 15h, na Praça do Derby, na área central do Recife e levará representantes de grupos sindicais, como a CUT e a Federação dos Trabalhadores na Agricultura de Pernambuco (Fetape), além de militantes e da Frente Brasil Popular. Personalidades políticas como a deputada Luciana Santos (PCdoB), o ex-prefeito do Recife, João Paulo (PT), e o senador Humberto Costa (PT) são alguns dos nomes confirmados. A organização espera que pelo menos 50 mil pessoas compareçam ao ato.

A passeata pretende ir da Praça do Derby até a Praça da Independência, também no Centro do Recife. O ato inicialmente seria na comunidade de Brasília Teimosa, na Zona Sul do Recife, mas foi transferido por questão de logística. Para o presidente estadual do PT, Bruno Ribeiro, todas as precauções foram tomadas para que conflitos não aconteçam. “Comunicamos às autoridades competetentes para diminuir o impacto para a sociedade. E queremos reiterar que, quem defende a democracia, virá em paz; quem não, será de uma maneira mais agressiva. Procuramos o Governo do Estado e esperamos que o direito de irmos às ruas seja assegurado”, conta.

O presidente da CUT-PE, Carlos Veras, também estará na passeata. Segundo ele, encontros estão sendo feitos pelo grupo para que o maior número de trabalhadores possa ir ao ato. “Eu espero que todos aqueles que defendam as causas sociais estejam amanhã (hoje), porque tudo o que conquistamos até agora e o nosso futuro está em jogo. Não se trata de um possível impeachment de Dilma, e sim da perda das nossas conquistas”, afirma. Para Veras, também sobram críticas ao juiz federal Sérgio Moro, responsável pelas investigações na Operação Lava Jato. “Infelizmente, a justiça, que era pra resguardar os conflitos, se partidarizou. Ele esquece que existem hierarquias para fazer as coisas e deve achar que está acima de tudo e todos”, ironiza.

Opinião semelhante tem a vereadora Marília Arraes, recém-chegada ao PT. “Estamos vendo um Judiciário com medidas ilegais contra a presidente Dilma e o ex-presidente Lula. Por isso vamos às ruas. Queremos defender a democracia”, frisa.

AMEAÇAS

Segundo Carlos Veras, pessoas não identificadas ligaram ontem para a sede da CUT e fizeram uma série de ameaças aos integrantes da Central. “Isso é uma tentativa de nos intimidar. A direita, ultimamente, está muito violenta. Espero que eles nos respeitem do mesmo jeito que nós os respeitamos”, diz.


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