O projeto do governador Paulo Câmara (PSB) que permite a concessão para implantação e gestão do Miniarco, projeto de contorno do tráfego da BR-101 entre os municípios de Abreu e Lima e Igarassu, foi aprovado nesta terça-feira (29) pela Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), sob discussão da oposição. O deputado Edilson Silva (PSOL) foi o único que votou contrário ao projeto, questionando o fato de não ter uma discussão maior sobre os impactos ambientais da proposta. "Estamos dando um cheque em branco para o governo", afirmou.
Independente, a deputada Priscila Krause (DEM) afirmou que havia solicitado uma audiência pública dentro da Comissão de Meio Ambiente para conhecer melhor os traçados da via. A data ainda não foi marcada porque depende da disponibilidade do Executivo.
O líder do governo, Waldembar Borges (PSB), saiu em defesa da gestão, garantindo que todas as questões ambientais serão levadas em consideração. Vice-líder do governo, Tony Gel (PMDB), também lembrou que o Miniarco é um projeto bem menos do que o Arco Metropolitano e, portanto, causa menos impacto social e ambiental.
Apesar de vários parlamentares terem comparecido a sessão desta terça, apenas dez deles estavam presentes na hora em que a Ordem do Dia foi votada: além do vice-presidente da Casa, Augusto César (PTB), que não vota, apenas os deputados Aluísio Lessa (PSB), Edilson Silva, Eduíno Brito (PP), João Eudes (PDT), Ossésio Silva (PRB), Priscila Krause, Tony Gel e Ze Maurício (PP).
O Miniarco é uma rodovia estadual pedagiada de 14,4 quilômetros, prometida para ficar pronta até o final de 2018. Orçado em R$ 160 milhões, o Miniarco deve ser implantado por meio de uma Parceria Público-Privada com contrato de 35 anos, prorrogável por igual período.
O projeto ainda precisará passar por uma segunda votação antes de seguir para a sanção do governador.