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Para discutir renúncia de Dilma, seria preciso discutir renúncia de todo o Congresso, diz Humberto Costa

'Se a presidente da República está tendo dificuldade de governar, imagine o Congresso Nacional', afirmou o senador, que é líder do governo no Senado

Da editoria de Política
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Publicado em 05/04/2016 às 9:28
Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
'Se a presidente da República está tendo dificuldade de governar, imagine o Congresso Nacional', afirmou o senador, que é líder do governo no Senado - FOTO: Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
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Líder do governo no Senado, o pernambucano Humberto Costa (PT) afirmou nesta terça-feira (5), em uma provocação à oposição, que o governo aceita discutir a renúncia da presidente Dilma Rousseff (PT) se, junto com ela, todos os deputados federais e senadores também renunciassem. Para Humberto, se a alegação da oposição é que Dilma perdeu as condições de conduzir o país, o mesmo deve ser dito de figuras como o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

"Se for para discutir novas eleições, é preciso discutir eleições gerais. Porque se a presidente da República está tendo dificuldade de governar, imagine o Congresso Nacional", disse o petista, em entrevista à Rádio Jornal, que classificou a proposta de renúncia como "meia-sola".

"Essas propostas aí fazem um atalho para tentar chegar a uma situação semelhante ao que é a proposta do impeachmnet. Isso demonsra que a proposta de impedimento da presidente Dilma está perdendo, a cada dia que se passa, mais força. Gente como o PMDB já começa a dar como certo que dificilmente Michel Temer conseguiria governar o Brasil", disse ainda o senador.

Humberto Costa defendeu a capacidade da presidente Dilma de se manter no poder, mas alertou que ela precisaria fazer um chamamento para um grande pacto nacional se conseguir vencer o processo de impeachment, para conseguir melhorar a economia até 2018, ano da próxima eleição presidencial.

"Nós estamos apostando fortemente na figura do ex-presidente Lula no governo como um fator de estabilização e credibilidade para o governo conseguir dar passos diferentes e sair dessa armadilha política em que se encontra", garantiu.

O senador petista também afirmou que não será difícil para o PT recompor a base política no Congresso após passar pelo impeachment. "Nós estamos naquele fundo do poço e que estamos começando a sair dele", cravou.

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