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Armando Monteiro deve deixar ministério para votar contra impeachment no Senado

Pernambucano, que evita hipótese de participar de um governo de Michel Temer, já conversou com o suplente Douglas Cintra sobre eventual retorno ao Senado

Paulo Veras
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Publicado em 19/04/2016 às 8:00
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Pernambucano, que evita hipótese de participar de um governo de Michel Temer, já conversou com o suplente Douglas Cintra sobre eventual retorno ao Senado - FOTO: Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
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Após o avanço do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) para o Senado, o ministro do Desenvolvimento, Armando Monteiro Neto (PTB), deve deixar o cargo para retomar o mandato de senador e defender o governo. Em entrevista à Rádio Jornal, o pernambucano disse que não pretende sequer considerar a hipótese de participar de um eventual governo Michel Temer (PMDB) e que, se essa situação se confirmar, ele estará no Senado cumprindo seu mandato que vai até janeiro de 2019.

“Eu farei essa avaliação (de deixar o ministério) agora nesses próximos dias. E me sentirei muito disposto a reassumir o mandato para votar, de forma coerente, contra o impeachment no Senado”, afirmou Armando, que criticou os deputados do PTB que votaram pelo impeachment. “Como é que se pode imaginar um sistema político em que as pessoas ficam, como ficaram, vinculadas ao governo, com posições no governo, e que de repente fazem juízos contra o governo de maneira absolutamente oportunista?”, disparou.

Nessa segunda-feira (18) pela manhã, horas após a votação da Câmara, Armando conversou com o suplente Douglas Cintra (PTB), que tem chamado o impeachment de “show de hipocrisia”, sobre a intenção de reassumir o mandato. “Como ministro ele tem uma função executiva, que toma mais tempo dele. Não pode estar lá dentro debatendo. Como senador, ele vai estar todos os dias com os colegas”, explica Cintra.

Dos cinco deputados federais que integram o grupo político de Armando na Câmara, apenas um não votou contra o impeachment: Jorge Côrte Real (PTB), presidente da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe). “Para tomar essa decisão, consultei todas as minhas bases, os empresários, entidades laborais, consultei eleitores mesmo”, explica Côrte Real, que avisou previamente ao ministro como votaria e nega qualquer desconforto.

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