CRISE POLÍTICA

Dilma recebe apoio de militância em visita à transposição do São Francisco

Pessoas vieram de municípios próximos ao empreendimento.No discurso, Dilma ainda mandou recado aos congressistas e disse que impeachment é tentativa de eleição indireta

Marcela Balbino
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Marcela Balbino
Publicado em 06/05/2016 às 19:02
Foto: Guga Matos/JC Imagem
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A vistoria de Dilma à estação de bombeamento 2 (EBI-2) da transposição do Rio São Francisco, nesta sexta-feira (6), arregimentou apoiadores de várias regiões do sertão nordestino, principalmente das áreas próximas ao empreendimento.

Movimentos sociais fretaram ônibus para trazer os grupos. Bandeiras da Central Única dos Trabalhadores (CUT), da Fetape e camisas vermelhas se destacavam na plateia, que veio incentivar a mandatária. Trabalhadores da empreiteira Mendes Júnior, responsável pela obra, também engrossaram o coro pró-Dilma. Mais do que a vistoria, a intenção do ato era capitalizar a força que Dilma e o PT ainda tem na região, além de reforçar as impressões digitais dos governos petistas na obra hídrica. 

Da plateia, uma claque gritava “Dilma, Dilma”. O apresentador do evento também puxava coros de “Dilma, eu te amo” e o público repetia. Na tenda armada para receber as pessoas tinham manifestantes de várias regiões do Nordeste, como Lindomar de Souza, 42 anos. Ela saiu de Pena Forte, no Ceará, para ver a petista. A agricultora chegou de ônibus acompanhada do marido e disse que sempre segue Dilma e Lula nas agendas pelo interior do Nordeste. Ela disse que não poderia ficar de fora do ato em Cabrobó e foi ao local dizer que está ao lado da presidente. 

Com camiseta vermelha, escrito “Viva Arraes”, o aposentado Antônio Nelson Gonçalves, 71, veio de moto de Salgueiro para ver Dilma. Ele se autointitulou “dilmista e lulista” e estava exasperado com o resultado do impeachment no Senado. Ele classificou o processo como “golpe” e disse que veio para dar apoio a Dilma. 

“Desde a luta de Lula no ABC Paulista eu sou Lula. Onde tiver agendas deles no Nordeste eu vou dar apoio”, afirmou. Sobre o momento político, ele disparou: “Isso é golpe”. 

RETORNO - Apesar do clima tenso e da iminência de deixar o cargo, a presidente ficou à vontade no discurso e retribuiu o público, quebrando o estilo protocolar. Ela voltou a defender que impeachment era golpe e mandou recado aos congressistas ao dizer que o impeadimento era uma tentativa de eleição indireta.

"Fui eleita com 54 milhões de votos e não votaram em mim pelos meus belos olhos, apesar deles serem belos, votaram em mim porque tenho compromisso", ironizou a petista. "Tenho muito orgulho das escolhas que fiz e tenho clareza que esse golpe tem motivo e o motivo é porque o Brasil nesses 13 anos mudou", acrescentou.

Foto: Guga Matos/JC Imagem
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