OPERAÇÃO REPESCAGEM

Lava Jato: Empresário pernambucano presta depoimento em Curitiba esta semana

Humberto Carrilho, à frente da Distribuidora Equador, teve prisão decretada por envolvimento no esquema de corrupção do PP via ex-assessor João Cláudio Genu e ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa

Marcela Balbino
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Marcela Balbino
Publicado em 23/05/2016 às 18:40
Foto: Divulgação/PF
Humberto Carrilho, à frente da Distribuidora Equador, teve prisão decretada por envolvimento no esquema de corrupção do PP via ex-assessor João Cláudio Genu e ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa - FOTO: Foto: Divulgação/PF
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Alvo da Operação Lava Jato, o empresário pernambucano Humberto do Amaral Carrilho deve se apresentar à Polícia Federal de Curitiba ainda esta semana, segundo antecipou a defesa. Em contato com a reportagem, o advogado Ademar Rigueira explicou ainda que Carrilho já havia se apresentado à Polícia Federal, no dia 29 de fevereiro deste ano. Na ocasião, diz a defesa, ele se colocou à disposição para "quaisquer outros esclarecimentos".

Carrilho é investigado na 29ª fase da La Jato, intitulada Repescagem, e não foi encontrado durante visita da PF ao seu apartamento, em Apipucos, Zona Norte do Recife. A informação, confirmada pelo advogado, é que ele está numa viagem a trabalho no exterior. O paradeiro, porém, não foi divulgado. 

"Fomos supreendidos (com o mandado de prisão temporária). Ele está numa viagem a trabalho e não estava proibido de viajar. Não havia nenhuma restrição", explicou o advogado.

Segundo o advogado, as autoridades de Curitiba já foram avisadas do destino do advogado pernambucano e um voo de volta já está sendo providenciado. "Essa semana, com certeza, ele estará em Curitiba", disse.

Em delação premiada, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa afirmou que Carrilho, dono da empresa Distribuidora Equador, o procurou, entre 2008 e 2009, com um projeto de construção de um Terminal de Derivados no Rio Amazonas, em Itaquatiara.

De acordo com Costa, o projeto foi aceito, e a empresa foi contratada pela Petrobras, sem licitação, pois se tratava de exclusividade. Paulo Roberto Costa acrescentou que a intermediação dele “pesou” para a contratação ainda que a parte técnica do projeto não apresentasse desvio de condutas. O ex-diretor da Petrobras disse que em virtude desta intermediação, o dono da empresa pagou valores ao declarante até fevereiro de 2014.

 

LEIA ÍNTEGRA DA NOTA ENVIADA PELO ADVOGADO DO EMPRESÁRIO:

Humberto do Amaral Carrilho se apresentou perante a Polícia Federal, no dia 29 de fevereiro do corrente ano, na cidade de Recife, e prestou depoimento acerca dos fatos investigados no Inquérito Policial nº 0672/2015 – SR/DPF/PR, bem como se colocou à disposição para quaisquer outros esclarecimentos.

Enquanto estava no exterior em viagem de cunho profissional, foi surpreendido pelas notícias da deflagração da 29ª fase da Operação Lava Jato, no dia de hoje, que contava com medidas de busca e apreensão e de prisão temporária contra si, no bojo do IPL nº 1237/2014 – SR/DPF/PR, por fatos idênticos àqueles descritos no primeiro inquérito policial. 

Além da semelhança no objeto das investigações, frise-se que o Sr. Humberto do Amaral Carrilho sempre colaborou com a autoridade policial e jamais pretendeu se furtar das investigações, tornando desnecessária a decretação de sua prisão temporária.

Ainda mais improcedentes são as afirmações midiáticas de que o Sr. Humberto do Amaral Carrilho estaria foragido da justiça. Muito pelo contrário, desde hoje cedo, seus advogados estiveram em contato com o delegado da Polícia Federal responsável pelo inquérito. Desta feita, está sendo providenciado o retorno do Sr. Humberto do Amaral Carrilho, de acordo com a disponibilidade de passagens aéreas, para a sua apresentação perante a autoridade policial o mais breve possível.

Ademar Rigueira Neto"

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