Pernambuco tem quase 90 mil (89,6 mil) servidores públicos suspeitos de receberem o Bolsa Família irregularmente, segundo balanço divulgado pelo Ministério Público Federal (MPF). Apenas com os servidores, o desvio de recursos totaliza R$ 248,7 milhões. O levantamento do MPF aponta, ainda, que há 2.142 doadores de campanha inscritos no programa, além de 45.538 empresários e 9.849 pessoas já falecidas. O valor de desvios do programa no Estado chega a R$ 369,2 milhões.
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Os dados fazem parte de uma investigação iniciada pelo Ministério Público Federal para buscar fraudes no Bolsa Família. Recife é quinta capital do País com mais indícios de fraudes, seguida por Salvador, Brasília, João Pessoa e Manaus. O MPF não especificou os dados por cidade, apenas por Estado. A capital pernambucana tem hoje 105.397 pessoas beneficiadas pelo programa federal. Desses, o Ministério de Desenvolvimento Social e Agrário (MDS) solicitou a verificação de dados de 12.022 pessoas.
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Três capitais do NE concentram maior número de fraudes no Bolsa Família
A assessoria de imprensa do Ministério informou que, nesta semana, o ministro Osmar Terra irá se reunir com uma equipe do MPF para “entender a metodologia utilizada e discutir como melhorar a fiscalização”. Em nota, a assessoria do ministro informou que a pasta dispõe de um programa de acompanhamento e “ele será aperfeiçoado dentro do Ministério a fim de evitar que as fraudes comprometam a credibilidade do programa”.
O governo do Estado informou que todo o recebimento de informações do Bolsa Família é feito pelas prefeituras, que estão em contato com o MDS. Já a Prefeitura do Recife disse que não recebeu nenhuma notificação especial do Ministério Público sobre as possíveis fraudes.
Compare abaixo os números dos desvios por unidade da federação: