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Envolvidos em fraude na Hemobrás são denunciados à Justiça

Ação é desdobramento da Operação Pulso, que quando foi deflagrada resultou em uma "chuva de dinheiro" no Recife

JC Online
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Publicado em 13/07/2016 às 11:49
Foto: Edmar Melo/ Acervo JC Imagem
Ação é desdobramento da Operação Pulso, que quando foi deflagrada resultou em uma "chuva de dinheiro" no Recife - FOTO: Foto: Edmar Melo/ Acervo JC Imagem
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Três servidores da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás) foram denunciados à Justiça Federal pelo Ministério Público Federal (MPF) em Pernambuco sob a suspeita de desvio de recursos públicos. A irregularidade, que vinha sendo investigada pela Polícia Federal (PF) e culminou com a deflagração da Operação Pulso - quando vários maços de dinheiro foram arremessados dos prédios conhecidos como “Torres Gêmeas”, no Cais de Santa Rita, área central do Recife -, beneficiaria empresários do Consórcio Bomi-Luft-Atlantis.

De acordo com o MPF, os denunciados foram o ex-diretor da Hemobrás, Rômulo Maciel Filho, os ex-gerentes de Plasma e Hemoderivados Marisa Peixoto Veloso Borges e Guy Joseph Victor Bruere, além dos empresários Fernando Luft, Juliana Cunha Siqueira Leite e Delmar Siqueira Rodrigues, todos do Consórcio Bomi-Luft-Atlantis. 

Quando a operação estourou, outros nomes foram investigados pela PF, como o do ex-coordenador do Programa Mais Médicos e diretor de Inovação Tecnológica da Hemobrás, Mozart Sales, mas, segundo o MPF, não houve provas suficientes para que uma denúncia contra eles fosse apresentada à Justiça.

Conforme informações repassadas pelo MPF, os desvios foram cometidos pelos réus entre novembro de 2013 e maio de 2015 e teriam gerado um rombo de, pelo menos, R$ 5,2 milhões aos cofres públicos. A procuradora da República Silvia Regina Lopes, responsável pelo caso, pediu a condenação dos investigados por desvio de recursos públicos e a decretação da perda do cargo público dos servidores envolvidos.

A procuradora da República requer também que sejam mantidos o afastamento do ex-diretor, Rômulo Maciel Filho, e o bloqueio das contas mantidas no exterior por Delmar Rodrigues e Juliana Siqueira Leite.

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