A campanha eleitoral para as eleições de prefeito e vereadores começará no dia 16 de agosto, mas o pleito começa, aos poucos, a ganhar contornos mais concretos. Nesta quarta-feira (20), as convenções partidárias para as homologações das chapas tiveram início e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou os limites de gastos nas campanhas municipais de outubro.
Pela tabela apresentada pelo TSE, cada candidato a prefeito do Recife poderá gastar até R$ 6.607.443,14 no primeiro turno e R$ 1.982.232,94 no segundo turno. Já os vereadores têm um limite de gastos de R$ 887.601,12.
Os valores do Recife são bem mais modestos do que o de outras capitais do País. Em São Paulo, os candidatos a prefeito poderão gastar até R$ 45.470.214,12 no primeiro turno e R$ 13.641.064,24 no segundo turno. Em Belo Horizonte, os postulantes a prefeito podem gastar R$ 26.697.376,47 (primeiro turno) e R$ 8.009.212,94 (segundo turno). No Rio de Janeiro, o limite é de R$ 19.858.352,08 no primeiro turno e R$ 5.957.505,62 no segundo turno.
Na comparação com outras capitais do Nordeste, o Recife tem um gasto menor do que outras cidades apenas. Em Salvador (BA), o teto para prefeitos é de R$ 14.679.383,56 (primeiro turno) e R$ 4.402.816,07 (segundo turno). Fortaleza (CE) vem em seguida: R$ 12.408.490,10 (primeiro turno) e R$ 3.722.547,03 (segundo turno).
O Recife fica à frente de outras seis capitais nordestinas. Em Natal, o teto é de R$ 5.490.293,93 (primeiro turno) e R$ 1.647.088,19 (segundo turno). Em Maceió, o valor é R$ 4.504.729,69 (primeiro turno) e R$ 1.351.418,91 (segundo turno). Em Aracaju (SE), o limite cai para R$ 3.763.115,71 (primeiro turno) e R$ 1.128,934,71 (segundo turno).
São Luis (MA) tem um teto de R$ 3.142.045,97 (primeiro turno) e R$ 942.613,79 (segundo turno). João Pessoa (PB) vem logo atrás com o limite de R$ 2.465.246,00 (primeiro turno) e R$ 739.573,80 (segundo turno). Teresina (PI) apresenta os valores mais modestos da região Norte com um limite de R$ 2.191.795,79 (primeiro turno) e R$ 657.538,74 (segundo turno).
Até o momento, os pré-candidatos a prefeito do Recife são o atual gestor municipal, Geraldo Julio (PSB), que disputará a reeleição e terá como rivais João Paulo (PT), Daniel Coelho (PSDB), Priscila Krause (DEM), Edilson Silva (PSOL), Carlos Augusto Costa (PV) e Simone Santana (PSTU).
Em 2012, a regra era diferente o havia mais liberdade para definir os limites dos valores gastos na campanha. O comando da campanha de Geraldo Julio estipulo um teto de R$ 10 milhões, mas gastou R$ 7.056,28 conforme registrado pelo TSE. Daniel Coelho, que terminou atrás de Geraldo naquele ano, registrou gastos de R$ 2.795.026,00.
Hoje senador, Humberto Costa (PT) gastou R$ 29.950.858,00. Na época, ele concorreu tendo João Paulo, que este ano encabeça a chapa do PT, como candidato a vice-prefeito. Já Mendonça Filho (DEM), que hoje é ministro da Educação do governo interino Michel Temer (PMDB), gastou R$ 2.792.264,81 na campanha a prefeito do Recife de 2012.
O cálculo do TSE para chegar aos valores atuais foi o seguinte: o limite de gastos no primeiro turno é correspondente a 70% do maior gasto declarado para o posto de prefeito ou vereador nas eleições de 2012. Naquelas cidades com segundo turno nas últimas eleições municipais, o limite será de 50%.
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PELO ESTADO
Nos principais colégios eleitorais de Pernambuco com segundo turno, os números variam de cidade para cidade. Os candidatos a prefeito de Jaboatão dos Guararapes terão um teto de R$ 1.114,168,41 (primeiro turno) e R$ 334.250,52 (segundo turno). Os postulantes a vereador terão um limite de R$ 121.699,88.
Em Olinda, o teto será, por candidato, de R$ 1.270.350,41 (primeiro turno) e R$ 381.105,12 (segundo turno). Os interessados no cargo de vereador poderão desembolsar até R$ 95.509,27.
Em Caruaru, os candidatos a prefeito poderão gastar até R$ 2.619.231,31 no primeiro turno e R$ 785.769,39 no segundo turno. Os vereadores têm um teto de R$ 131.125,02.
Entre as cidades com apenas primeiro turno, Petrolina terá o maior teto: R$ 2.054.481,63 (prefeitos) e R$ 115.185,43 (vereadores). Em Paulista, o limite para é de R$ 1.043.246,02 (prefeitos) e R$ 49.043,72 (vereadores).
Ja o Cabo de Santo Agostinho terá um limite de gastos de R$ 689.470,66 por candidato a prefeito e de R$ 96.474,36 por candidato a vereador. Em Camaragibe, o limite por candidato é de R$ 449.339,45 (prefeito) e R$ 21.221,89 (vereador).
O teto para os postulantes à prefeitura de Ipojuca no primeiro turno será de R$ 1.796.009,44 e os vereadores terão um limite de R$ 93.576,69.
MENOR TETO
O menor teto de gastos em Pernambuco para candidatos a prefeito tem o valor de R$ 108.039,06 e para vereadores é de R$ 10.803.91.
Esse limite abrange as seguintes cidades:
Alagoinha, Angelim, Araçoiaba, Barra de Guabiraba, Bodocó, Bom Conselho, Bonito, Brejão, Brejinho, Cabrobó, Cachoeirinha, Caetés, Calçado, Calumbi, Camutanga, Capoeiras, Carnaíba, Carnaubeira da Penha, Catende, Cedro, Chã de Alegria, Correntes, Cupira, Custódia, Exu, Flores, Floresta, Frei Miguelinho, Gameleira, Granito, Ibimirim, Iguaraci, Itamaracá, Ingazeira, Itacuruba, Itapetim, Itapissuma, Itaquitinga, Jaqueira, Jataúba, Jatobá, João Alfredo, Jucati, Jupi, Jurema, Lagoa do Ouro, Lagoa dos Gatos, Lagoa Grande, Lajedo, Macaparana, Machados, Maraial, Mirandiba, Moreilândia, Nazaré da Mata, Orocó, Palmerina, Panelas, Passira, Pedra, Petrolândia, Poção, Pombos, Primavera, Quixaba, Rio Formoso, Salgadinho, Saloá, Sanharó, Santa Cruz, Santa Cruz da Baixa Verde, Santa Filomena, Santa Maria do Cambucá, Santa Terezinha, São Benedito do Sul, São João, Serrita, Solidão, Tabira, Tacaimbó, Tacaratu, Venturosa, Verdejante, Vertente do Lério, Vertentes, Tamandaré, Terezinha, Terra Nova, Tracunhaém, Trindade, Triunfo e Xexéu.
A lista com o teto de gastos de campanha de todos os municípios brasileiros pode ser vista no site do TSE.