A presidente afastada Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira (22), em entrevista à Rádio Jornal, que trata o processo de impeachment como uma questão política contra ela. "O processo contra mim é um não crime, ou seja, não há base. Nós sabemos, principlamente através da sindicância do Senado, que, da minha parte, não há dolo", garantiu.
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Dilma disse ainda que segue confiante em uma vitória na votação do Senado, que deve ocorrer no fim de agosto. "Todo o processo só se completa se dois terços dos senadores optem pelo afastamento. Trata-se, portanto, de cinco a sete senadores para garantir isso. Até lá, continuarei lutando", assegurou.
"Não há crime. Temos uma ruptura no processo constitucional e por isso o chamamos de golpe", continou a presidente afastada. Durante a entrevista, Dilma afirmou que segue conversando com os senadores para tentar barrar a continuidade do processo. "Estou lutando para permanecer na Presidência da República. Fui eleita por mais de 54 milhões de votos e é praxe que isso seja respeitado", disse.
"A minha postura de lutar para voltar não se trata apenas do meu mandato, mas da defesa da democracia no Brasil. Não pretendo discutir o que pode acontecer de maneira alguma", disse.