Dinheiro em caixa

Paulo Câmara cobra ajuda da União aos Estados para superar crise econômica

Governador terá reunião com equipe do ministério da Fazenda na próxima semana

Franco Benites
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Publicado em 11/08/2016 às 14:33
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Governador terá reunião com equipe do ministério da Fazenda na próxima semana - FOTO: Divulgação
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O governador Paulo Câmara (PSB) avisou que seguirá na batalha para conseguir recursos que garantam uma folga ao caixa estadual. Depois de participar esta semana de uma reunião em Brasília para tratar da renegociação da dívida dos Estados com a União, o socialista avisou que voltará à capital federal novamente. "Estamos aguardando novas rodadas de conversa e na próxima semana deve ter uma nova. Estou aguardando a data e o horário", falou.

De acordo com Paulo, os gestores nordestinos precisam se unir na pressão o governo federal para ver suas demandas atendidas. Ele também sublinhou que a renegociação da dívida dos Estados com a União pouco beneficiou o Nordeste. A defesa do governador, bem como a de seus colegas da região, é para haja medidas compensatórias aos estados nordestinos a exemplo da ampliação dos valores repassados pelo Fundo de Desenvolvimento dos Estados (FDE).

"Pernambuco é beneficiado de alguma forma, não no valor que os outros estados estão sendo beneficiados. O Sul e o Sudeste ficaram com 91% dos valores dispendidos nessa questão da dívida. Estou conversando com os outros governadores do Nordeste. O governo federal se comprometeu a apresentar propostas novas sobre o FDE e operações de crédito. Estou na expectativa da gente conseguir respostas para esses pleitos", declarou.

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Paulo Câmara falou sobre a aprovação, na madrugada da última quarta-feira, do projeto que trata da renegociação da dívida dos Estados. A proposta foi aprovada sem a contrapartida do governo federal para que os governadores não aumentem seus gastos com pessoal.

"Essa questão de não dar aumento é a realidade atual nossa. Não estou nem conseguindo repor a inflação. As contrapartidas que o projeto origial estava exigindo são contrapartidas que já vínhamos fazendo aqui pela necessidade. A reposição salarial é sempre importante porque motiva o servidor. Se eu tivesse mais dinheiro, faria mais investimentos. Vou continuar apoiando essas medidas dentro da cultura de gestão. O gestor tem que saber enfrentar momentos de crise e não só reclamar", disse. 

Mas o recado do governador não foi apenas para os servidores do Executivo estadual. "Todos os poderes têm um papel e não dá para ter desproporcionalidade. Os poderes também têm que entender o momento em que vivemos, em que não há crescimento de receita, e se adaptar à realidade que o País e os estados estão passando", falou.

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