Eleições 2016

Candidatos a prefeito buscam lugar na história das eleições no Recife

No total, oito postulantes buscam a preferência do eleitorado para governar a cidade por quatro anos

Franco Benites
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Franco Benites
Publicado em 22/08/2016 às 6:55
André Rêgo Barros/Assessoria Geraldo Julio
No total, oito postulantes buscam a preferência do eleitorado para governar a cidade por quatro anos - FOTO: André Rêgo Barros/Assessoria Geraldo Julio
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Atual prefeito e candidato à reeleição, Geraldo Julio (PSB) chega às eleições deste ano em condições distintas da disputa de 2012. Há quatro eles, ele era desconhecido do eleitorado e se apoiou no prestígio de Eduardo Campos, então um governador bem avaliado. Agora, o gestor socialista não terá a ajuda do padrinho político e tentará usar algumas ações de sua administração como cartão de visita. Geraldo se apresentará aos eleitores em meio a um momento de restrição de recursos e em um período em que Eduardo e o PSB tem o nome envolvido em investigações da Polícia Federal como as operações Lava Jato e Turbulência.

João Paulo (PT) brigará para ter direito a sentar no posto de prefeito pela terceira vez. Ele disputará a eleição em condições adversas para o PT, já que o partido perdeu o principal campo de poder político com o afastamento de Dilma Rousseff (PT) do cargo de presidente da República. O ex-presidente Lula (PT), que costuma ser um importante cabo eleitoral, também tem sua reputação contestada. A favor, o fato do partido aparentemente estar unido localmente após as brigas internas que se agravaram na eleição municipal passada.

Surpresa na eleição passada, o deputado federal Daniel Coelho (PSDB) quer mostrar que pode superar Geraldo ao contrário do que ocorreu em 2012. Há quatro anos, ele contava com o apoio de Sérgio Guerra, principal liderança tucana. Na pré-campanha, Daniel teve seu projeto eleitoral colocado em dúvida já que havia a possibilidade do PSDB apoiar a reeleição do prefeito. Uma das missões do tucano é mostrar que o partido está envolvido de fato em sua campanha.

Depois de disputar, e perder, a prefeitura em 2008 e 2012, o DEM entra na disputa com a deputada Priscila Krause. Ao contrário de anos anteriores, o partido fará uma campanha modesta financeiramente e o desafio da democrata será mostrar que pode fazer frente aos adversários ainda assim. O principal cabo eleitoral de Priscila será o ministro da Educação, Mendonça Filho.

Eleições majoritárias não são novidade para Edilson Silva (PSOL), mas pela primeira vez ele chega a uma disputa eleitoral com um mandato eletivo. O psolista quer aproveitar o fato de ser deputado estadual para dar mais visibilidade a seu projeto de concorrer á prefeitura.

Os outros dois candidatos à prefeitura são Simonete Fontana (PSTU) e Pantaleão (PCO).

PRIMEIRA SEMANA DE CAMPANHA

A campanha eleitoral completará uma semana nesta terça-feira e até agora os principais candidatos à prefeitura do Recife, com diferenças inerentes ao fôlego financeiro de suas equipes, têm cumprido o velho ritual da poítica. O roteiro realizado teve caminhadas, distribuição de panfletos, participação em palestras e debates, reunião com lideranças comunitárias e gravação para o guia eleitoral.

Como se imaginava, o prefeito e candidato à reeleição Geraldo Julio tem sido o alvo das principais críticas. Nessa tarefa, o deputado federal Daniel Coelho, que terminou atrás do socialista na disputa de quatro anos atrás, tem sido o mais incisivo. As críticas mais contudentes do tucano ocorreram durante um debate promovido pela Sociedade dos Odontólogos de Pernambuco (Soepe) na última quinta-feira.

Além das críticas a Geraldo, Daniel marcou sua campanha nesses primeiros dias com panfletagem, caminhadas e com um ato realizado em um teatro do Recife. O evento foi prestigiado pelo ministro das Cidades, Bruno Araújo (PSDB).

Geraldo náo participou do debate promovido na semana passada e tem priorizado a presença em eventos internos. Ele esteve em  um encontro com militantes de sua campanha, em um debate no Sindicombustíveis e em uma palestra para um grupo de empresários.

Metralhado pelos adversários, ele disse que prefere “não olhar para que os outros estão fazendo” e que também não iria ficar “olhando para gestões passadas”. Apesar da declaração, nessa semana, ele já cutucou o PT e disse que fez mais do que o partido nos 12 anos em que ficou à frente do Recife.

Com restrições financeiras, a deputada estadual Priscila Krause tem apostado em ações modestas. Ela caminhou por bairros do subúrbio e tem investido na gravação de vídeos para as redes sociais como forma de alcançar o maior número de pessoas. A democrata foi ao debate promovido pela Soepe na semana passada e também questionou a gestão Geraldo Julio.

Assim como prefeito, João Paulo não foi ao debate. Ao iniciar a campanha, ele apontou erros da gestão socialista e deve insistir na polarização com o Geraldo. O candidato petista tem investido em “cirandas” temáticas para debater com grupos de apoiadores questões de interesse da cidade e no contato direto com eleitores em rápidos eventos de rua.

Edilson Silva e Carlos Augusto Costa também fizeram corpo a corpo nos primeiros dias de campanha. As atividades vão desde ações de panfletagem em semáforos a caminhadas no centro e no subúrbio do Recife.

Simone Fontana foi ao debate que reuniu Carlos Augusto Costa, Daniel Coelho e Edilson Silva. Jáe Pantaleão não tem divulgado a agenda de campanha.

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