Eleições 2016

Edilson Silva diz que governará Recife sem radicalismos desnecessários

Candidato do PSOL ainda afirmou que será um prefeito mais político do que técnico e defendeu a descentralização da gestão municipal

Franco Benites
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Publicado em 31/08/2016 às 16:45
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Candidato do PSOL ainda afirmou que será um prefeito mais político do que técnico e defendeu a descentralização da gestão municipal - FOTO: JC Imagem
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Em 2012 e em 2014, com Geraldo Julio (PSB) e Paulo Câmara (PSB), respectivamente, o ex-governador Eduardo Campos conseguiu vitória nas urnas ao emplacar perfis técnicos na prefeitura do Recife e no Estado. Este ano, para se contrapor a Geraldo, que tenta a reeleição, o deputado estadual Edilson Silva (PSOL) afirmou que terá uma atuação distinta daquela proposta pelo ex-governador.

"Vou ser um prefeito mais político do que técnico para mobilizar a cidade, para transformar a vontade política em cultura. Se o prefeito quer que o centro seja limpo, ele tem que ir lá como liderança política, dar o exemplo, fiscalizar e mostrar os caminhos. Prefeito precisa andar de ônibus", discursou Edilson.

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As declarações do candidato do PSOL foram dadas durante um debate promovido pelo Clube de Engenharia e pelo Sindicato dos Arquietos de Pernambuco nesta quarta-feira no plenarinho da Câmara dos Vereadores do Recife.

De acordo com Edilson, suas ações para ofertar uma cidade mais democrática e inclusiva parte do princiípio que é preciso dialogoar com diversos setores. "Que a gente afaste os radicalismos desnecessários e estabeleça com os movimentos sociais, com o setor empresarial e com todos aqueles que querem empreender um projeto de cidade", disse.

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Ao responder a um questionamento de uma professora, Edilson adiantou uma de suas propostas para a gestão do Recife ao citar que investirá na criação de prefeituras regionais.

"Com isso, existe uma descentralização da gestão e um empoderamento político das partes. Não existe como pensar em uma cidade com alto nível de centralização administratriva", informou. 

'CRETINO'

Além de Edilson, o Clube de Engenharia e o Sindicato dos Arquitetos convidaram o deputado federal Daniel Coelho (PSDB) e o prefeito e candidato à reeleição Geraldo Julio (PSB). O socialista não foi ao evento e recebeu críticas dos organizadores do debate e dos adversários.

Edilson afirmou que agirá diferente de Geraldo Julio e que vai gastar menos em publicidade e aplicar a maior parte dos recursos em outras áreas. Ao criticar uma construtora atuante no Recife, ele citou a construção dos prédios conhecidos como Torres Gêmeas no centro da cicdade. "Inviabiliza aquela área de ser tombada como patrimônio publico", afirmou.

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Durante sua explanação e as críticas feitas à atual gestão, Edilson chegou a chamar o prefeito de "mentiroso" e declarou que o socialista tinha uma "atitude cretina". Em seguida, classificou o oponente de "cretino" e "desrespeitoso". A assessoria de Geraldo Julio foi procurada para comentar as declarações do deputado estadual, mas não deu retorno.

PUXÃO DE ORELHA

O presidente do Sindicato dos Arquitetos de Pernambuco, Henrique Lins, criticou a ausência de Geraldo Julio e de João Paulo, convidados para os debates,

"Procuramos, em todas as eleições, fazer um debate com os candidatos à prefeitura do Recife, principalmente porque engenheiros e arquietos são responsáveis por planejamento urbano e ações de mobilidade, habitação e meio ambiente. São temas específicos de interesse desses profissionais. É uma pena que os dois candidatos mais bem colocados nas últimas pesquisas não se apresentaram aqui para discutir a importância do planejamento urbano. Fica registrada a falta de interesse desses candidatos. Infelizmente, alguns candidatos acham que esses temas não têm importância", afirmou.

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