Mesmo seu partido tendo apoiado o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), enviou nota afirmando que não há motivo para comemoração do resultado.
Segundo ele, muita coisa de dessarumou nos últimos anos. "Andamos para trás em áreas fundamentais. Por isso, precisamos restabelecer a confiança no futuro do nosso País, com firmeza, transparência, diálogo e muito trabalho”, disse o socialista.
Até 2013, o PSB estava junto do governo da presidente Dilma. O racha veio quando o ex-governador Eduardo Campos (PSB) anunciou a candidatura para Presidência da República.
Na votação no Senado, o senador pernambucano Fernando Bezerra Coelho (PSB) votou sim pela cassação do mandato de Dilma. Ele foi ex-ministro da Integração no primeiro mandato de Dilma.
VOTAÇÃO
O plenário do Senado aprovou o impeachment de Dilma Rousseff (PT). Com isso, Michel Temer (PMDB) deve ser empossado ainda nesta quarta-feira (31) de maneira definitiva como presidente da República para cumprir o mandato até o final de 2018.
Por 61 votos a 20, o Senado condenou a petista por crime de responsabilidade pelas chamadas "pedaladas fiscais", que são o atraso no repasse de recursos do Plano Safra a bancos públicos, e pela edição de decretos de créditos suplementares sem aval do Congresso. Foram 7 votos a mais do que o mínimo necessário -54 das 81 cadeiras do Senado.
“O afastamento de dois presidentes da República, em menos de 25 anos, não é algo que devemos comemorar. No entanto, chegou a hora de virar a página, a população deseja que o Brasil faça o seu dever de casa, arrume suas finanças e restabeleça as condições para que a economia volte a crescer. E, dessa forma, criar empregos, que considero a maior missão para o novo Governo.
Muita coisa se desarrumou nesses últimos anos. Andamos para trás em áreas fundamentais. Por isso, precisamos restabelecer a confiança no futuro do nosso País, com firmeza, transparência, diálogo e muito trabalho”.
Paulo Câmara
Governador de Pernambuco