Durante uma caminhada de duas horas na Ilha do Joaneiro, nesta quarta-feira (31), a candidata Priscila Krause (DEM) tentou desconstruir o discurso do prefeito e candidato à reeleição Geraldo Julio (PSB) de que não foi possível tirar todas as promessas feitas em 2012 do papel por causa da crise econômica. “Eram coisas ilusórias que quando você vai para a ponta do lápis e faz a conta matemática vê que o dinheiro não dá para fazer o que foi prometido. Não é crise, não. É prioridade e compromisso. É falar a verdade para as pessoas e se comprometer com o que é verdadeiro”, afirmou.
Priscila falou sobre a rejeição da população aos políticos após enfrentar uma saia justa na comunidade quando pedia voto a uma moradora, Mauricea José Viana Lima, de 58 anos. Ela disse não acreditar nas promessas dos políticos que, ao vencerem, não mudam nada. Priscila parou a caminhada e dedicou minutos a tentar convencer a moradora a pesquisar sobre a sua trajetória de vida. Em dado momento, a senhora se irritou e subiu o tom de voz. “Preste atenção no que o prefeito está dizendo. Estão querendo enrolar a senhora de novo”, reagiu a candidata.
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Ao final, Priscila disse ter gostado muito do diálogo com Mauricea e lembrou da promessa de transformar o Monitora Recife em Lei para que a população fiscalize o andamento das propostas apresentadas durante a campanha anterior. Bem recebida, a candidata foi muito associada a figura do pai, o ex-prefeito Gustavo Krause, e circulou de mãos dadas com crianças da região.
ADESIVOS
Durante o ato com militantes e um carro tocando o jingle de campanha, Priscila fez questão de entrar em vários becos e casas da comunidade, a grande maioria das ruas sem calçamento. Lá dentro, conheceu uma creche ligada a associação de moradores fechada há anos. O equipamento, ela disse, é ideal para implantação do Mãe-Coruja, outra de suas promessas, inspirada no programa de creches Nova Semente, de Petrolina.
No portão de ferro da unidade, um adesivo da campanha de Geraldo Julio foi retirado por militantes de Priscila para colar dois adesivos da candidata do DEM. “A gente coloca o adesivo onde as pessoas permitem que coloquem. E aí, se quiseram tirar o de Geraldo...”, respondeu a democrata ao final da caminhada. A reportagem do JC não presenciou nenhum diálogo entre os militantes e os coordenadores da creche autorizando a troca do adesivo.
Antes do início da caminhada, cabos eleitorais de Priscila que moram na Ilha do Joaneiro passaram em algumas vielas perguntando se as pessoas permitiam adesivos nas portas de casa.
