Impeachment

Senado não deu a Dilma o direito de se candidatar, diz Humberto Costa

Humberto Costa explica que o fato de Dilma não ter perdido os direitos políticos não dá a ela o direito de se candidatar para cargo eletivo

Da editoria de Política
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Publicado em 31/08/2016 às 16:17
Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Humberto Costa explica que o fato de Dilma não ter perdido os direitos políticos não dá a ela o direito de se candidatar para cargo eletivo - FOTO: Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
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Logo após a votação do Senado, o senador Humberto Costa (PT), aliado da presidente Dilma Rousseff pontuou que a votação para manter os direitos políticos da petista não dão a ela o direito de se candidatar.

Depois de aprovar a perda do mandato de Dilma Rousseff, o Senado também aprovou por 42 votos a 36 a manutenção dos direitos políticos de Dilma. Com isso, ela pode ocupar cargo público, mas não significa que pode disputar cargo eletivo.

Foram registradas três abstenções. A votação deste quesito foi feita separadamente a pedido de senadores do PT, que apresentaram o requerimento logo no início do dia e que foi acatado pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, mesmo sob protestos de aliados do presidente interino Michel Temer.

"Isso que está sendo dito, que a decisão vai dar a ela o direito de se candidatar, eu não vejo nenhuma base. Até porque a Lei da Ficha Limpa diz que quem é julgado e condenado por um colegiado fica impossibilitado de disputar eleições. E o Senado é um colegiado", afirmou o senador. Segundo Humberto, a cassação do mandato de dilma uma derrota "fragorosa" para o povo brasileiro.

VOTAÇÃO 

O plenário do Senado aprovou o impeachment de Dilma Rousseff (PT). Com isso, Michel Temer (PMDB) deve ser empossado ainda nesta quarta-feira (31) de maneira definitiva como presidente da República para cumprir o mandato até o final de 2018.

Por 61 votos a 20, o Senado condenou a petista por crime de responsabilidade pelas chamadas "pedaladas fiscais", que são o atraso no repasse de recursos do Plano Safra a bancos públicos, e pela edição de decretos de créditos suplementares sem aval do Congresso. Foram 7 votos a mais do que o mínimo necessário -54 das 81 cadeiras do Senado.


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