As obras inacabadas de Olinda refletem um problema financeiro e não de gestão, segundo o secretário de Comunicação da Prefeitura daquele município, Élcio Guimarães. Ele argumentou que a cidade tem cerca de 400 mil habitantes e “não possui arrecadação suficiente para fazer grandes obras de infraestrutura”. Ele não revelou quanto é a arrecadação da cidade. A reportagem do JC entrou em contato com a assessoria de imprensa pedindo uma entrevista com o prefeito Renildo Calheiros (que também foi contatado via WhatsApp pelo celular), mas não retornou.
A assessoria de comunicação da Prefeitura também não respondeu a várias informações solicitadas por e-mail como quanto é o salário do chefe do executivo e dos 17 vereadores do município. A cidade tem 6,5 mil funcionários e gasta, em média, R$ 17 milhões, por mês, com a folha de pessoal. A prefeitura também não informou qual o comprometimento da receita com os salários.
Segundo Élcio, a gestão de Renildo pavimentou mais de 300 ruas na cidade. Ele cita que Olinda “ é uma das cidades preferidas por investidores”. Ao ser questionado sobre os principais investimentos implantados na cidade nos últimos oito anos, citou como exemplo as concessionárias de veículos da Toyota e da Hyundai – as quais se instalaram na Avenida Carlos Lima Cavalcanti –, além da implantação de uma Tend Tudo na PE-15 e a implantação de um hospital da Rede D’Or. A chegada da rede à cidade ocorreu com a aquisição da antiga Prontolinda.
“Olinda não tem área para indústria. A natureza territorial do município tem como vocação o setor terciário com comércio e serviços”, conta. Élcio também afirmou que uma das obras mais importantes da atual gestão foi a conclusão da orla com a implantação de calçadão, pista de cooper, equipamentos de lazer e ginástica, ciclovia e iluminação, além do prolongamento da Avenida Ministro Marcos Freire.