Candidatos de esqueda à Prefeitura do Recife, o deputado estadual Edilson Silva (PSOL) e Simone Fontana (PSTU) discutiram propostas para a educação no debate promovido na manhã desta quinta-feira (15) pelo Sindicato dos Professores da Rede Municipal do Recife (Simpere). O ato foi marcado por protestos e críticas às gestões do prefeito Geraldo Julio (PSB) e do novo presidente Michel Temer (PMDB).
Os principais questionamentos foram em função da necessidade de vagas em creches na Capital. "Se tiver que fazer arranjos (com moradores) para colocar alunos em creches, nós vamos fazer. Cada dia que a gente perde é um dia com uma criança em risco", afirmou Edilson, que prometeu atacar a questão nos primeiros meses de mandato, se eleito.
Preocupada com a precarização, Simone disse que a criação de novas vagas têm que ocorrer com a construção de creches públicas e com a realização de concurso para o quadro efetivo da prefeitura.
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Tanto Edilson, quanto Simone criticaram duramente Michel Temer e classificaram o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) como um golpe.
O debate foi marcado por várias manifestações políticas. Na abertura, quando a coordenação do Simpere afirmou que o prefeito Geraldo Julio (PSB) não estaria presente, causando vaias no auditório.
Em um dado momento, um grupo de seis manifestantes levantaram cartazes contários ao PSB, PSDB, DEM e PMDB, pedindo "Fora Temer" e "Volta João Paulo", ex-prefeito do PT que também não compareceu ao debate alegando novamente que não participa de debate sem a presença de Geraldo. Parte dos professores, porém, criticou a atitude do petista.
Esse mesmo grupo também hostilizou profissionais da TV Globo que cobriam a agenda de campanha no local, vaiando a equipe de reportagem. O Simpere interviu pedindo respeito ao trabalho dos profissionais.
A deputada estadual Priscila Krause (DEM) havia confirdo presença no debate, mas não pode comparecer por uma emergência familiar. O candidato Pantaleão (PCO) também estaria presente, mas não compareceu.
Também na disputa, o deputado federal Daniel Coelho (PSDB) e o candidato Carlos Augusto Costa (PV) justificaram a ausência por já terem outras agendas de campanha marcadas para o mesmo horário.
