eleições 2016

Candidatos a prefeito do Recife participam de desafio sobre mobilidade

Trajeto iniciu no Marco Zero e foi até a Praça de casa Forte. Cada um usou um meio de transporte diferente

Mariana Araújo
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Mariana Araújo
Publicado em 20/09/2016 às 22:39
Foto: Tom Cabral/Divulgação
Trajeto iniciu no Marco Zero e foi até a Praça de casa Forte. Cada um usou um meio de transporte diferente - FOTO: Foto: Tom Cabral/Divulgação
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Os candidatos a prefeito do Recife tiveram, na noite desta terça-feira (20), uma oportunidade de ver de perto os problemas da mobilidade urbana da cidade. Seis postulantes participaram do Desafio Intermodal, promovido por três grupos que estudam a mobilidade no Recife. O grupo saiu do Marco Zero às 18h e seguiu até a Praça de Casa Forte, cada um utilizando um meio de transpor diferente.

O primeiro a chegar no ponto marcado foi o candidato Edilson Silva (PSOL), que fez o trajeto de bicicleta em 40’06”. Carlos Augusto (PV) chegou em seguida de carro, com 42’57”, João Paulo (PT) levou 46’32” de táxi, Priscila Krause (DEM) gastou 1h02 de Uber, José Mariano (vice de Simone Fontana, PSTU) levou 1h06 para chegar de ônibus e Daniel Coelho (PSDB) fez o trajeto em 1h17 a pé. Na chegada, todos comentaram suas impressões. 

O trajeto em linha reta tem 7 km, mas cada um teve liberdade para escolher o melhor trajeto. Os únicos que não participaram do desafio foram Geraldo Julio (PSB), que alegou falta de agenda, e Pantaleão (PCO), que não respondeu ao convite.

“As dificuldades que a gente tem é a falta de ciclovia e ciclofaixa. Hoje, os bueiros representam um problema muito grande para os ciclistas”, disse Edilson Silva. O candidato propôs criar ciclofaixas nas vias, estreitando as faixas de rolamento dos carros.

Carlos Augusto utilizou o aplicativo Waze para indicar o melhor caminho com menos trânsito e foi levado a caminhos alternativos. “Um problema é sincronização dos semáforos. A gente só vai melhorar o trânsito se investir no transporte público de qualidade, tem que botar faixa exclusiva e melhorar o ônibus para tornar atrativo para quem anda de carro”, relatou.

“A política prioritária tem que ser a ciclovia. Em torno de 30% da população da cidade, seja por ausência de recursos ou pela saúde, tem se deslocado a pé ou de bicicleta. O conceito é trbalhar as prioridades das ciclovias, das faixas azuis para os ônibus e táxis terem prioridade, e resolver a questão Uber e táxi”, disse João Paulo.

UBER DESISTIU

Priscila Krause teve dificuldade em usar o Uber. Ela relatou que chamou um veículo no aplicativo, mas o motorista, ao ver a reunião de pessoas no Marco Zero, desistiu da corrida. Ela, então, chamou outro veículo. Enquanto João Paulo gastou R$ 31 no trajeto de táxi, Priscila desembolsou R$ 46,34, pois a tarifa dinâmica estava em 2.1. “O primeiro Uber pensou que fosse algo de apreensão de veículo e passou direto. O que a gente tem que fazer é priorizar o ônibus, ampliação da faixa azul,  as calçadas, transformar em corredor de pedestre, e as ciclovias, colocando o bicicleta como um modal definitivamente no sistema viário”, disse. A candidata também defendeu a regulamentação do Uber.

Daniel Coelho listou os problemas enfrentados pelos pedestres. “As calçadas estão em péssimo estado em vários trechos, tivemos que andar no meio da rua, além da falta de faixas de pedestres, em alguns momentos atravessar foi uma dificuldade”, relatou. Como proposta de melhoria das calçadas, ele afirmou que, se for eleito, irá rever a lei de conservação das calçadas, que hoje indica que a responsabilidade de manutenção é do proprietário do imóvel, promovendo uma padronização.

O candidato a vice de Simone Fontana (PSTU), José Mariano (PSTU), falou do valor elevado da passagem (R$ 2,80) e da falta de faixas exclusivas para ônibus. “O trânsito é muito intenso, a Avenida Rosa e Silva estava praticamente travada. É uma situação difícil o trabalhador largar o trabalho e ter que passar por esse sacrifício”, declarou.

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