Depois de aparecer tecnicamente empatado e numericamente à frente do prefeito Geraldo Julio (PSB) na primeira pesquisa do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN) realizada em parceria com o jornal do Commercio e divulgada no final de agosto, o ex-prefeito João Paulo ficou para trás do socialista e passou a manter um desempenho estável.
Por um lado, ele não caiu a ponto de ser efetivamente ameaçado por Daniel Coelho (PSDB), mas por outro não conseguiu avançar para “colar” novamente no rival socialista e ampliar as chances da eleição ser decidida no segundo turno.
Na evolução dos levantamentos IPMN/JC, João Paulo caiu de 27,7% para 24,8%, depois subiu para 25% e agora tem 25% de novo. “Há uma grande estabilidade de João Paulo em três pesquisas seguidas. O candidato do PT tem dado provas de que chegou a um teto e esse é mais um elemento que pode confirmar a vitória do prefeito Geraldo Julio no primeiro turno da eleição”, ressalta Adriano Oliveira, professor de Ciência Política da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e coordenador da pesquisa IPMN/JC.
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A expectativa de João Paulo e seus aliados é que a campanha petista “virasse a chave” após a passagem do ex-presidente Lula (PT) pelo Recife. No terceiro levantamento IPMN/JC, os pesquisadores foram às ruas conversar com os eleitores antes da visita de Lula. A pesquisa de hoje foi feita depois do evento realizado com os dois petistas no centro da cidade, na semana passada.
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Para Adriano Oliveira, a “bala de prata” de João Paulo, isto é, a vinda de Lula, que foi citado nos discursos da semana passada como o melhor presidente que o Brasil já teve, não resultou na arrancada que o PT esperava. Um dos fatores que podem ter contribuído para isso é o desgaste que o Partido dos Trabalhadores vem enfrentando devido a notícias sobre o envolvimento de seus principais nomes em escândalos de corrupção. “A vinda de Lula não surtiu efeito para o candidato João Paulo. Some-se a isso a rejeição ao PT”, opina Adriano Oliveira.
REJEIÇÃO
Assim como nas pesquisas passadas, João Paulo lidera a rejeição do eleitor recifense. Ao serem questionadas sobre qual dos políticos dão medo caso assumam a prefeitura do Recife, 23% das pessoas pesquisadas citaram o ex-prefeito. A sequência dos candidatos rejeitados pelos eleitores é formada por Geraldo Julio (14%), Pantaleão (7%), Daniel Coelho (5), Edilson Silva (4%), Priscila Krause (2%), Simone Fontana (1%) e Carlos Augusto Costa (0%). Para 41% dos entrevistados, nenhum dos candidatos dão medo caso venham a ser eleitos para gerir a cidade e 3% não responderam ou não sabem responder.
Embora tenha governador o Recife por oito anos (2000-2008) e tenha mais tempo de estrada político-partidária do que Geraldo Julio, João Paulo é menos admirado do que o rival socialista. O atual prefeito é mais admirado para 37% dos eleitores entrevistados pela pesquisa IPMN/JC. O petista vem em segundo no quesito admiração com 24% da preferência. Os demais surgem comm 14% (Daniel Coelho), 2% (Priscila Krause) e 1% (Edilson Silva). Carlos Augusto Costa, Pantaleão e Simone Fontana não foram citados. Dos eleitores ouvidos, 19% não admiram nenhum dos candidatos e 3% não souberam responder ou não responderam.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS DA PESQUISA
Essa quarta rodada de pesquisa IPMN/JC foi realizada nos dias 27 e 28 de setembro (terça e quarta-feira) e está registrada no Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) sob o número PE-PE-04817/2016. No total, houve 816 entrevistas com moradores do Recife maiores de 16 anos. O nível de confiança da pesquisa é de 95%.
Ainda não escolheu candidato? Ouça abaixo sabatinas com candidatos a prefeito do Recife na Rádio Jornal para ajudar na sua decisão:
Geraldo Julio (PSB)
João Paulo (PT)
Daniel Coelho (PSDB)
Priscila Krause (DEM)
Edilson Silva (Psol)
Carlos Augusto Costa (PV)
Simone Fontena (PSTU)
Pantaleão (PCO)