Eleições 2016

Alckmin é sonho de consumo do PSB para disputa da presidência em 2018

Governador de São Paulo se reúne nesta quinta com Paulo Câmara; apesar do interesse dos socialistas, tendência é que ele participe da eleição de 2018 pelo PSDB, seu atual partido

Franco Benites
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Franco Benites
Publicado em 20/10/2016 às 6:30
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Governador de São Paulo se reúne nesta quinta com Paulo Câmara; apesar do interesse dos socialistas, tendência é que ele participe da eleição de 2018 pelo PSDB, seu atual partido - FOTO: Edson Lopes/Divulgação
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O governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) está no Recife nesta quinta-feira para uma agenda na área de saúde, mas a política não ficará fora do roteiro. Cotado como candidato a presidente da República em 2018, ele participará de um almoço com o governador Paulo Câmara (PSB). Os dois se encontrarão pela manhã, mas é no Palácio do Campo das Princesas que devem ocorrer as conversas mais políticas.

Recentemente, Alckmin gravou um vídeo em apoio à candidatura de Antônio Campos (PSB) a prefeito de Olinda. No passado, dirigentes socialistas afirmaram que as portas do partido estavam abertas para o tucano. Um interlocutor de Paulo Câmara destacou, em reserva, que esse convite segue de pé. O vice-governador em São Paulo, Márcio França, é do PSB e poderia fazer a ponte para uma possível migração. Se ela se concretizasse, os socialistas ganhariam um nome de peso para concorrer à presidência da República.

Outro aliado de Paulo Câmara enfatizou que a boa relação do governador paulista com os socialistas locais não ocorre apenas dentro do campo político. Quando o ex-governador Eduardo Campos morreu, em um acidente aéreo em 2014, em Santos, Alckmin se empenhou pessoalmente para ajudar a família e os aliados do pernambucano.

Na avaliação de alguns analistas políticos, Alckmin ganhou força dentro do PSDB para disputar a presidência da República por ter bancado a campanha do empresário João Dória (PSDB), que superou o prefeito Fernando Haddad (PT) na eleição deste ano.

O vereador e presidente do PSDB no Recife André Régis, que receberá Alckmin no aeroporto nesta quarta-feira, destacou a força do aliado, mas não desconsidera os nomes de outros tucanos interessados na presidência - o ministro José Serra (SP) e o senador Aécio Neves (MG). Ele destaca a força do PSDB. “O partido coloca uma frente de pelo menos 10 milhões de votos em 2018”, afirmou, citando as legendas adversárias. 

NAS MÃOS DE DEUS

Em entrevista à Rádio Jornal nessa quarta-feira, Alckmin falou sobre a disputa de 2018. ‘O futuro está nas mãos de Deus. Vamos tratar de trabalhar bastante agorta nesse período e depois avaliar mais à frente”, despistou.

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