De olho em 2018

Alckmin sobre Cunha: 'Ninguém se alegra com a tristeza dos outros'

Governador de São Paulo, cotado para eleição presidencial de 2018, ele elogia a Lava Jato: 'Estamos passando a limpo a vida pública brasileira'

Franco Benites
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Publicado em 20/10/2016 às 14:58
Wagner Ramos/SEI
FOTO: Wagner Ramos/SEI
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Em passagem pelo Recife para acompanhar os testes da vacina contra a dengue produzida pelo Instituto Butantan, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), comentou a prisão do ex-presidente da Câmara Federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), mas evitou fazer  juízo de valor ou se alongar sobre o assunto.

"Ninguém se alegra com a tristeza e as dificuldades de outras pessoas. Quero destacar a importância da Lava Jato e o fato do Brasil estar combatendo a impunidade. Estamos vivendo outro momento, passando a limpo a vida pública brasileira e esse é um fato significativo", disse.

Ao falar sobre a decisão do juiz Sérgio Moro, que ordenou a prisão de Cunha, Alckmin elogiou o magistrado. 

"O juiz Sérgio Moro tem sido célere no seu trabalho", disse, de forma sucinta.

 

Candidato à presidência da República em 2006, contra o então presidente Lula (PT), que disputava a reeleição, Alckmin vem sendo contado para entrar na disputa em 2018, mas por enquanto ele prefere tratar o tema com uma distância regulamentar. O nome do tucano ganhou ainda mais força para ser o representante do PSDB na eleição presidencial após ter bancado a candidatura vitoriosa de João Dória no pleito municipal deste ano. Em entrevista à Rádio Jornal nessa quarta-feira, Alckmin falou que a escolha para ser o candidato tucano em 2018, estava nas mãos de Deus.

Wagner Ramos/SEI
Geraldo Alckmin visitou o Recife e teve encontro com o governador Paulo Câmara - Wagner Ramos/SEI
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Geraldo Alckmin visitou o Recife e teve encontro com o governador Paulo Câmara - Wagner Ramos/SEI
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Geraldo Alckmin visitou o Recife e teve encontro com o governador Paulo Câmara - Wagner Ramos/SEI
Franco Benites
Geraldo Alckmin enfrentou protesto de estudantes e pesquisadores da Fiocruz - Franco Benites

"Eleição está muito longe ainda. 2018 é distante. Tem dois ansiosos na vida, que são os políticos e os jornalistas. Já fui candidato a presidente em 2006 contra o presidente do Lula na reeleição. Em um momento diferente da economia e política. Adorei porque aprendi muito. O Brasil é um país continental. Tudo tem o seu tempo. Agora é tempo de trabalhar para ajudar a economia se recuperar para recuperar emprego e renda da população", disse.

Para Alckmin, o governo Michel Temer (PMDB) precisa ser ágil em suas ações.

"Vejo que a tendência da economia é se recuperar. Estou mais otimista que a gente pode ter recuperação ano que vem, mas o ritmo da recuperação é confiança. Quanto mais rápido o governo for nas reformas estruturantes, mais rápido a economia se recupera", avaliou.

PROTESTO E ALMOÇO

Durante uma entrevista coletiva na Fiocruz, um pequeno grupo, formado por estudantes de mestrado na área de Saúde e de pesquisadores, mostraram cartazes com os dizeres 'Temer jamais' e chamaram Alckmin de golpista, mas não houve maiores incidentes.

Após o evento na Fiocruz, o governador de São Paulo participou de um almoço no Palácio do Campo das Princesas, sede do governo estadual, ao lado do governador Paulo Câmara (PSB), do vice-governador Raul Henry (PMDB) e do chefe de gabinete do governador, João Campos, um dos filhos do ex-governador Eduardo Campos.

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