Eleições 2016

Pesquisa IPMN/JC: No Recife, Geraldo Julio (PSB) tem 61% dos votos válidos e João Paulo (PT) 39%

Levantamento aponta regularidade dos números, o que beneficia o prefeito e candidato à reeleição

Da editoria de Política
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Publicado em 22/10/2016 às 12:00
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Levantamento aponta regularidade dos números, o que beneficia o prefeito e candidato à reeleição - FOTO: Arte JC Imagem
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A segunda rodada da pesquisa do segundo turno para prefeito do Recife produzida pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN) em parceria com o Jornal do Commercio e o portal Leia Já reforça o favoritismo de Geraldo Julio (PSB). Prefeito e candidato à reeleição para mais quatro anos de mandato à frente da capital pernambucana, o socialista possui 61% dos votos válidos contra 39% de João Paulo (PT). Os votos válidos são gerados a partir dos valores de intenção de voto de cada candidato na pergunta estimulada e desconsiderando-se os votos brancos, nulos e indecisos. O nível de confiança da pesquisa IPMN/JC é de 95% e a margem de erro é de 3,5% para mais ou para menos.

Pesquisa IPMN/JC: Geraldo lidera nas pesquisas estimulada e espontânea

Embora dentro da margem de erro, Geraldo Julio e João Paulo oscilaram positivamente e negativamente, respectivamente. Na pesquisa anterior, o prefeito tinha 60,2% dos votos váliados contra 39,8%. “Houve uma variação positiva para Geraldo e negativa para João Paulo. Há um quadro estável em favor de Geraldo Julio. Essa regularidade a favor do prefeito ocorre desde a segunda pesquisa IPMN/JC ainda no primeiro turno”, aponta o cientista político e professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Adriano Oliveira.

A diferença, de pouco mais de 20 pontos percentuais, indica um cenário extremamente favorável a Geraldo Julio. “Esse percentual mostra que o guia eleitoral de Geraldo Julio tem surtido efeito”, avalia Adriano Oliveira. Dessa forma, nesta última semana de campanha eleitoral, caberá ao prefeito e seus aliados administrarem o trabalho que vem sendo realizado até agora nas ruas e no guia eleitoral de Rádio e TV. “Esses dados devem se repetir nas próximas pesquisas. Há uma expectativa que o prefeito vença com uma diferença de 200 mil votos”, afirma.

O professor salienta que não se pode cravar a diferença de votos de um candidato para o outro e sublinha a expressão “expectativa”, mas enfatiza que o cenário é, de fato, mais favorável ao postulante que busca a reeleição. “A diferença final dos votos pode ser até maior”, declara Adriano Oliveira.

VIRADA IMPROVÁVEL

Com o atual cenário, é improvável, na avaliação de Adriano Oliveira, que se repita o quadro de Belo Horizonte. Na capital de Minas Gerais, o deputado estadual João Leite (PSDB) terminou o primeiro turno à frente do empresário Alexandre Kalil (PHS) assim como Geraldo Julio ficou na dianteira em relação a João Paulo. Em uma pesquisa do Ibope divulgada na última quinta-feira, pela primeira vez Kalil superou o rival. Ele surgiu com 54% das intenções de votos válidos contra 46% do tucano, que tem o apoio do senador mineiro e presidente nacional do PSDB Aécio Neves.

De acordo com Adriano Oliveira, pela regularidade das pesquisas apresentadas até o momento, aí incluídas a do IPMN/JC e de outros institutos, é difícil que ocorra uma virada de João Paulo sobre Geraldo Julio. “Devido à estabilidade das pesquisas uma virada de João Paulo seria o imponderável do impoderável. Em Belo Horizonte, Kalil está naquele momento da boca do jacaré”, disse, recorrendo a uma expressão conhecida entre os analistas de pesquisas de intenção de votos que aponta a tendência de um candidato sobre o rival.

A pesquisa deste fim de semana é a sétima divulgada pelo IPMN/JC desde que campanha teve início e a segunda feita no segundo turno da eleição para prefeito do Recife. Os pesquisadores foram às ruas nos dias 20 e 21 de outubro. O levantamento está registrado no Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) sob o número PE-07679/2016. No total, houve 816 entrevistas com moradores do Recife maiores de 16 anos. O nível de confiança da pesquisa é de 95% e a margem de erro é de 3,5%.

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