Crise

Milton Coelho diz que Pernambuco ainda não tem recursos para pagar 13º

Milton Coelho criticou os movimentos grevistas, afirmando que entidades sindicais não ''atentaram para o tamanho da crise que o país vive''

Aline Araújo
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Aline Araújo
Publicado em 04/11/2016 às 11:20
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Milton Coelho criticou os movimentos grevistas, afirmando que entidades sindicais não ''atentaram para o tamanho da crise que o país vive'' - FOTO: Foto: JC Online
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O secretario de Administração de Pernambuco, Milton Coelho, disse em entrevista à Rádio Jornal na manhã desta sexta-feira (4) que o Estado não reuniu valores suficientes para o pagamento do 13º salário dos servidores estaduais. 

Há um mês, o secretário do Planejamento e Gestão, Márcio Stefanni, garantiu que os servidores do Estado iriam receber o 13º salário no final do ano. Na ocasião, o Stefanni afirmou que a situação das finanças de Pernambuco permitia essa previsão e chegou a afirmar que apenas se acontecesse “uma queda muito brusca na arrecadação” a quantia não seria paga. 

Em entrevista, Milton Coelho ainda afirmou que o governo está trabalhando, mas não está com todos os recursos garantidos para pagamento do décimo este ano. “Temos que pagar daqui até dezembro, são dois meses e três folhas de salário. São R$2 bilhões e R$ 400 milhões que nós temos que pagar até o final do ano”.

 

Paralisação

Milton Coelho criticou os movimentos grevistas, afirmando que entidades sindicais não “atentaram para o tamanho da crise que o país vive”. “Estão querendo reajustes de salários quando a luta verdadeira é pagar os salários em dia”. 

O secretario acredita que a movimentação realizada pelos sindicatos é política e antecedem a greve geral prevista para acontecer no próximo dia 11: “estão fazendo mobilizações em diversas categoriais, mas as adesões reais dos servidores são muito baixas. Nós estamos fazendo um esforço incomum para manter o salário em dia. Se a gente olhar para o outro lado, quem é servidor público e está recebendo em dia, está num oásis, está no paraíso”. 

Coelho ainda acrescentou e disse que o Estado brasileiro está passando por essa crise e não pode falar nesse instante em “concessão de benefícios, de ajuste de salários”. “Quando o servidor para ele não penaliza o governo, ele penaliza a sociedade”, disse.

Para o secretario, o governo de Pernambuco tem tomado diversas medidas de enxugamento e é muitíssimo enxuto: “já tem o número de secretarias bastantes reduzidos”. 


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