"A gente reconhece que algumas coisas não deram certo, mas não coloco nenhuma culpa no governo. As condições mudaram, mas continuamos a ter prumo". A declaração é do secretário estadual de Planejamento, Márcio Stefani.
Porta-voz do Estado para analisar as vitrines do PSB que são alvos de desgaste, o titular da pasta cita na defesa o desempenho do Estado no Ideb - marca positiva que a gestão defende e explora.
Sobre os impasses nas grandes obras, ele cita a "teoria da imprevisão", quando as condições econômicas mudam bruscamente e faz com que contratos precisem ser quebrados ou readequados.
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"Fizemos esse debate (das obras) em um Brasil grande, que estava crescendo, que havia o pleno emprego e que apontava para um futuro melhor", diz. Stefani faz uma retrospectiva em defesa da Arena e argumenta que na época "o povo de Pernambuco queria a Copa" e o governo via ali a oportunidade de desenvolver na RMR um vetor de crescimento.
"Nós pensávamos que a Arena seria a âncora desse vetor, com a chamada Cidade da Copa, mas passamos pela maior crise da história do capitalismo brasileiro e nós temos hoje um equipamento lá que está servindo aos pernambucanos", defendeu, acrescentando que o Estado lançará, em breve, edital para que se tenha um núcleo gestor do estádio.
O atraso nos corredores do BRT também são relativizados por causa da desistência de uma das construtoras responsáveis pela obra, a Mendes Júnior. Segundo Stefani, o governador Paulo Câmara colocou como prioridade a finalização do projeto quando forem liberadas as operações de crédito.
DEFESA
Em defesa do partido e das gestões, Stefani, que está no governo desde 2011, joga os holofotes para ações do governo como a reindustrialização do Estado, o parque automotivo em Goiana e o que ele classificou de "maior parque cervejeiro da América Latina", além do programa Ganhe o Mundo.
Questionado se os atrasos e atropelos das obras arranham a visão do modelo de gestão do PSB, o secretário rebate que modelo continua a ser copiado e premiado.