Na avaliação do senador Fernando Bezerra Coelho (PSB) a decisão do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), que decidiu afastar Renan Calheiros (PMDB) da presidência do Senado foi “precipitada”. Um dia depois da decisão, o senador pernambucano avaliou, durante reunião da Comissão Especial do Desenvolvimento Nacional, que medida pode prejudicar o andamento, no Senado, de importantes projetos de interesse nacional. O socialista cita como exemplo a PEC que prevê um teto para os gastos públicos, que o presidente Michel Temer (PMDB) tenta aprovar na Casa Alta.
“Não havia esse caráter de urgência que se quis dar à decisão tomada por apenas um ministro do STF”, observou o senador, em referência à linha sucessória da Presidência da República, cerne da medida liminar de Marco Aurélio Mello. Conforme lembrou Fernando Bezerra, em caso de afastamento temporário de Michel Temer, o presidente da Câmara dos Deputados seria, nesta conjuntura brasileira, o primeiro substituto do chefe do Executivo.
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A decisão de Marco Aurélio foi em caráter liminar (provisório). Mello acatou pedido da Rede Sustentabilidade, feito nessa segunda (5), para que Renan fosse afastado depois que virou réu, na última quinta (1º), pelo crime de peculato na ação em que é acusado de ter recebido ajuda de empreiteira para despesas pessoais.
FBC pediu mais “moderação e equilíbrio” nas decisões tomadas por integrantes de qualquer um dos três poderes.
