Entrevista

Jungmann: 'Forças Armadas não são polícia para ir atrás de criminoso'

Na avaliação do ministro, as Forças Armadas estão cumprindo sua missão no Estado

Editoria de Política
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Publicado em 20/12/2016 às 10:42
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Na avaliação do ministro, as Forças Armadas estão cumprindo sua missão no Estado - FOTO: Foto: Agência Câmara
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O ministro da defesa, Raul Jungmann (PPS-PE), disse em entrevista ao programa Passando a Limpo, da Rádio Jornal, que as Forças Armadas não são a Polícia Militar para fazer Boletim de Ocorrência (BO) e ir atrás de criminoso. A afirmativa aconteceu em resposta ao levantamento realizado pelo Ronda JC, que identificou um aumento de 37% no número assassinatos no Estado aumentou em 37% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Raul Jungmann explicou que as Forças Armadas estão na Região Metropolitana do Recife, que não são responsáveis pelo Estado de Pernambuco e para fazer um comparativo realista é necessário comparar a Região Metropolitana de agora com a de antes.

“Eles estão aí há 10 dias, 240 horas praticamente, como se pode fazer um juízo desses e dizer conclusivamente que eles não surtiram efeito? As Forças Armadas na rua significam sobretudo manter a ordem, a segurança, das pessoas, da propriedade, contra saques, correria e de fato elas cumpriram perfeitamente com seu papel. Agora, há o papel da polícia. Elas patrulham e ficam nas ruas. As Forças Armadas não vai atrás de criminoso, não tem sistema de inteligência, não sabe caminho do crime e das drogas, isso é função de polícia”, disse.

Jungmann relembrou o último caso de greve da polícia, quando alguns municípios tiveram estabelecimentos saqueados e insegurança nas ruas e na sua avaliação, as Forças Armadas cumpriram sua missão. “O papel do militar não substitui o da polícia em momento algum”, ratificou. 

O ministro ainda afirmou que em caso de flagrantes, as Forças Armadas são instruídas a reagir.

Gastos 

De acordo com o ministro, sempre que esses pedidos de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) são realizados, é necessario fazer um pedido de suplementação, já que o dinheiro não era previsto pelas forças. “Sempre nesses casos quem paga integralmente é o Governo Federal. Feito todos os cálculos e com essa prorrogação vai custar R$ 14 milhões. Nnehum centavo será do bolso do governo estadual”, explicou.  



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