A reforma administrativa promovida pelo prefeito Geraldo Julio (PSB) e enviada à Câmara Municipal não foi votada nesta terça-feira (27) na Câmara Municipal, como os vereadores tinham planejado. O objetivo do governo socialista também era de iniciar hoje a votação. No entanto, graças a uma manobra da bancada oposicionista para retardar a decisão, a expectativa é de que aconteça somente nesta quarta-feira (28).
Os vereadores da oposição criticaram a pressa do Executivo em enviar o projeto ainda este ano. "Aplaudo a diminuição das pastas, mas isso só mostra que as secretarias criadas por Geraldo Julio só buscaram atender a interesses políticos", disparou o vereador André Régis (PSDB).
Marília Arraes (PT) também subiu à tribuna e criticou a urgência do Executivo para a aprovação da reforma administrativa. Ela foi uma das vereadoras que enviou emendas ao projeto original — o que fez com que o projeto fosse adiado. "Peço coerência aos vereadores para que não votem hoje e que tenhamos maior tempo para analisar isso", defendeu.
Com a apresentação das duas emendas de Marília ao projeto (uma delas estabelecia que o prefeito poderia criar cargos através de decretos, alvo de polêmica na sessão), a reforma administrativa será tratada só nesta quinta-feira (29). Além de Marília, a vereadora Michele Collins (PP) também apresentou uma emenda ao projeto.
Derrota?
Líder do governo na Câmara, o vereador Gilberto Alves (PSD) não considera o adiamento da votação como uma derrota de Geraldo Julio na Casa. "Não teve vitória da oposição. Acho que Marília não entendeu a proposição do projeto. Tenho certeza de que amanhã ela poderá se aprofundar melhor sobre o assunto", garantiu.