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Governo estadual

Paulo Câmara avalia onde abrigar aliados que estão sem espaço de poder

Governador vai abrir espaço em sua gestão para integrantes da Frente Popular que levaram a pior nas urnas em 2016

Franco Benites
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Franco Benites
Publicado em 05/01/2017 às 10:13
Divulgação/Governo do Estado
Governador vai abrir espaço em sua gestão para integrantes da Frente Popular que levaram a pior nas urnas em 2016 - FOTO: Divulgação/Governo do Estado
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O governador Paulo Câmara (PSB) deverá lançar mão de um expediente comum na política e abrigar aliados que perderam o espaço de poder passadas as eleições municipais. Na lista estão incluídos, sobretudo, prefeitos e ex-prefeitos, a exemplo de Adilson Gomes Filho (PSB), que administrou Moreno, na Região Metropolitana do Recife, até dezembro, e de Gino Albanez (PSB), derrotado na tentativa de reeleição para a Prefeitura de São Lourenço da Mata, também na RMR. 

A definição dos postos que serão ocupados por estes e outros integrantes da Frente Popular no Estado está sendo organizada de forma paralela às mudanças que o governador pretende fazer em alguns pontos do primeiro escalão.

A Assessoria Especial do governador, que tem status de secretaria, é um dos destinos possíveis dos aliados, uma vez que há postos vagos por lá. Alçados à função de assessores especiais, o ex-secretário de Defesa Social, Alessandro Carvalho, a deputada estadual Roberta Arraes (PSB), e o ex-controlador-geral do Estado Rodrigo Amaro deixaram o órgão recentemente e abriram espaço.

Alessandro Carvalho retorna às atividades na Polícia Federal, Roberta Arraes assumiu como deputada estadual este ano e Rodrigo Amaro agora integra a equipe do prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (PSB).

Na vice-governadoria, também há espaço para assessores especiais. O vice-governador Raul Henry (PMDB) convocou para o posto o ex-secretário de Infraestrutura do governo Jarbas Vasconcelos, Fernando Dueire.

A secretaria de Desenvolvimento Social é outra área do governo que pode receber os aliados do governador devido a sua grande estrutura. Se Paulo Câmara resolver manter Isaltino Nascimento (PSB) na Assembleia Legislativa em vez de renomeá-lo secretário, o novo titular da pasta pode fazer reformulações para dar espaço a políticos da Frente Popular que levaram a pior nas eleições municipais de 2016.

Isaltino, caso retome o seu mandato de deputado estadual, em fevereiro, é cotado para assumir a liderança do governo no lugar de Waldemar Borges (PSB), que está na função desde a gestão de Eduardo Campos.

HISTÓRICO

O governo estadual serve de abrigos para ex-prefeitos e não é de agora. Ao assumir o governo, Paulo Câmara reservou espaços na secretaria da Casa Civil para políticos com passagem no Executivo municipal de várias cidades, como Yves Ribeiro (PSB), José Aglaíson (PSB), Carlos Cavalcanti (PSD) e Neemias Gonçalves (PSB).

A estratégia de alocar os aliados no governo também foi executada pelos ex-governadores Eduardo Campos e Jarbas Vasconcelos (PMDB). 

Em sua gestão (1999-2006), o peemedebista recriou a secretaria de Justiça para beneficiar o ex-prefeito de Jaboatão dos Guararapes e do Cabo de Santo Agostinho Elias Gomes, então no PPS.

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