PSB 10 anos

Nada de navegabilidade no Rio Capibaribe

Obra sequer teve a dragagem concluída pelo governo

Mariana Araújo
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Mariana Araújo
Publicado em 23/01/2017 às 7:40
Foto: Guga Matos/JC Imagem
Obra sequer teve a dragagem concluída pelo governo - FOTO: Foto: Guga Matos/JC Imagem
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As obras paradas e não finalizadas não são exclusividade dos corredores rodoviários. Da propalada navegabilidade do Rio Capibaribe, nem a dragagem foi concluída, a exemplo das obras que nem saíram o papel, como o Arco Metropolitano e a duplicação da BR-232 de São Caetano até Arcoverde.

Para a navegabilidade do Capibaribe, segundo a Secretaria das Cidades, 97,5% da dragagem foi feita, consumindo R$ 75,5 milhões de recursos dos governos federal e estadual. Das estações previstas, foram iniciadas as construções dos pontos de Santana e da BR-101. No Derby, foi instalado um canteiro de obras.

ARCO METROPOLITANO

O Arco Metropolitano nem chegou a sair do papel. Eduardo Campos pretendia construir a estrada alternativa, ligando Igarassu ao Cabo de Santo Agostinho, através de uma Parceria Público-Privada (PPP). Mas, em plena campanha eleitoral de 2014, a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) assumiu a obra, durante um comício em Goiana. "Eu, eleita, farei esse arco, custe o que custar", disse a petista no ato. A estrada iria desafogar a produção da fábrica da Jeep, instalada na cidade, fazendo uma ligação mais fácil com o porto de Suape.

Com a intervenção de Dilma, acabou a ideia de cobrança de pedágio, prevista na PPP de Eduardo Campos. "Acho que se fosse PPP, já estava pronta. Foi uma promessa e ele ia fazer. Já tinha interessados", diz Luiz Alberto de Araújo, gerente geral de projetos da secretaria de Transportes. Na época, um consórcio formado pelas empreiteiras Odebrecht, OAS e Queiroz Galvão se mostrou interessado. Todas estão envolvidas na Operação Lava Jato. A previsão era que o Arco custasse R$ 1,5 bilhão. Procurada, a assessoria de imprensa do Dnit não respondeu sobre o andamento do projeto. O site do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), informa que a obra está em estágio de "Ação Preparatória", com data de referência de 30 de junho de 2016.

MINI-ARCO

Para minimizar o atraso do Arco, o governo do Estado autorizou a realização de estudos para a construção de uma via de 14,4 km, saindo de Paulista, próximo ao Hospital Miguel Arraes, e indo até Igarassu, na entrada de Itamaracá. Quatro empresas realizam os estudos, através de Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI). A obra está avaliada em cerca de R$ 170 milhões, sendo R$ 25 de contrapartida do Estado, em desapropriações. O restante será investido pela iniciativa privada. O governo ainda definirá se o modelo adotado será PPP ou concessão simples.

Outra obra que está distante de sair do papel é a duplicação da BR-232 de São Caetano até Arcoverde. Segundo Luiz Alberto de Araújo, o governo federal não considera a obra necessária e o Estado pediu, em março do ano passado, a delegação da obra ao DNIT.

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