Segurança pública

Secretários estaduais criticam associações de PMs: 'Ilegais'

Márcio Stefanni também mandou recado à oposição: 'se quiser ser governo, que ganhe a próxima eleição'

Franco Benites
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Franco Benites
Publicado em 07/02/2017 às 20:17
Wagner Ramos
Márcio Stefanni também mandou recado à oposição: 'se quiser ser governo, que ganhe a próxima eleição' - FOTO: Wagner Ramos
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Uma coletiva de imprensa para detalhar uma proposta de reajuste salarial de bombeiros e policiais militares nesta segunda-feira também serviu para que auxiliares do governador Paulo Câmara (PSB) criticassem a postura de associações de PMs contrárias ao projeto de lei do governo estadual.

"Isso é um movimento nacional, político, que tem a ver com a desmilitarização da polícia. O que eles buscam com essa postura, em verdade, é a anarquia e não podemos permitir. Infelizmente, eles investem no caos porque o que se busca é espaço político. Eles atuam na ilegalidade. Não há previsão constitucional que permita a policiais e bombeiros militares atuarem com representação sindical. Eles não têm legitimidade.", disse o secretário de Defesa Social, Ângelo Gioia.

De acordo com o secretário, a postura negativa das associações diante do projeto de lei apresentado pelo Executivo não é uma surpresa. "Qualquer que fosse a proposta do governo, essas associações elas se colocariam contra", afirmou. 

Ainda na avaliação do secretário, falta mais compromisso a alguns integrantes da tropa.  "Deve permanecer na Polícia e nos Bombeiros quem realmente quer ser policial ou bombeiro. Temos hoje 1.500 candidatos fazendo capacitação e outros mil aguardando chamado. O que queremos são servidores vocacionados para o trabalho policial", declarou.

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O secretário de Planejamento e Gestão, Márcio Stefanni, endossou as críticas de Ângelo Gioia.

"Essas pseudo-lideranças vão ao jornal dizer que a operação-padrão foi um sucesso. A operação-padrão representa mais assalto a ônibus e mais homicídios porque estamos tirando parte da capacidade operativa das ruas. O ataque não é feito ao governo. O governo está exercendo o poder em nome do povo. O ataque é contra o povo. Essa luta uma luta suja contra a sociedade de Pernambuco. É uma irresponsabilidade", ressaltou.

Questionado sobre a proposta da deputada Priscila Krause (DEM) de que o governo deve investir na criação de um "gabinete de crise" multipartidário, Stefanni foi duro e econômico na resposta.  

"Acredito que a oposição deve manter seu papel na Assembleia e se quiser se transformar em governo que ganhe a próxima eleição", pontuou.

As críticas às associações militares ainda partiram do secretário de Administração, Milton Coelho."Não é um movimento classista. É um movimento de um braço armado policial do Estado e quando ele entra em motim, estamos vendo um atentado à ordem pública", disse.

A reportagem do JC procurou o presidente e vice-presidente da Associação de Cabos e Soldados (ACS-PE), Alberisson Carlos e Nadelson Leite, para comentar as declarações dos auxiliares de Paulo Câmara. No entanto, não conseguiu o contato com eles.

CARNAVAL

De acordo com o secretário de Defesa Social, pernambucanos e turistas terão cobertura do Estado durante o Carnaval.

"Vamos disponibilizar todo o efetivo que temos, inclusive o efetivo que está em função administrativa, para que Pernambuco tenha o carnaval que sempre teve e merece", assegurou.

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