ASSALTO A BANCOS

Indiretamente bancos colaboram com criminalidade, diz Pedro Eurico

Governo de Pernambuco cobra ação de bancos para reduzir assaltos

Paulo Veras
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Paulo Veras
Publicado em 09/03/2017 às 7:13
Foto: Rinaldo Marques/JC Imagem
Governo de Pernambuco cobra ação de bancos para reduzir assaltos - FOTO: Foto: Rinaldo Marques/JC Imagem
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Ainda diante da onda de assalto a bancos no Estado, o governo Paulo Câmara pressionou por uma reação das instituições financeiras cobrando que elas atendam “regras mínimas de reabertura e manutenção”, utilizando dispositivos para inutilização das cédulas roubadas, tingindo ou queimando as notas, para tentar coibir a ação de bandidos. Só em 2017, já foram 30 investidas contra bancos, empresas de valores e carros forte, segundo o Sindicato dos Bancários de Pernambuco.

Representante do governo na ação junto ao Procon que pede a reabertura de todas as agências fechadas em ações violentas até amanhã, o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, fez a crítica mais dura na audiência pública que debateu o assunto na Assembleia Legislativa. Ele afirmou que as instituições bancárias não estão investindo corretamente em tecnologia de segurança.

“Indiretamente, os bancos estão colaborando com o engordar da criminalidade. Nós estamos retroalimentando organizações criminosas para comprar mais drogas e mais armas”, disparou Eurico. O secretário disse os bancos não vão ter prejuízo com os saques porque recebem seguro, mas ressaltou que o pequeno comércio do interior “quebrou” em cidades onde a população não tem mais acesso a serviços bancários.

O secretário de Defesa Social, Angelo Gioia, também cobrou a atuação federal nas fronteiras, combatendo a entrada de “armas de guerra” usadas nas ações. Ele assegurou que Pernambuco tem começado a colher frutos com a prisão de criminosos e cobrou a aprovação de legislação federal com regras mais rígidas para as empresas. “Dizer que investe o suficiente, não é verdade. Eles investem o que está na lei. O banqueiro investirá se for demandado, se houver imposição legal. Por mais que se diga que agências não serão fechadas, o que se vê são números. Agências que não operam dando lucro, para o segmento privado, melhor que ela feche. Isso não é bom para a população e o comércio local.”

'FECHAMENTO É O PIOR'

Deputados classificaram o fechamento de agências e a suspensão do atendimento à população como o pior das ações criminosas. Teresa Leitão (PT) cobrou que a Alepe acelere a tramitação de um projeto de Lei do deputado Clodoaldo Magalhães (PSB) que estabelece regras de segurança para agências, caixas eletrônicos e carros forte. Um texto de Terezinha Nunes (PSDB) quer obrigar a instalação de equipamentos para inutilizar as notas em todos os caixas eletrônicos do Estado. O Recife tem uma Lei Municipal similar.

Presidente da Comissão de Desenvolvimento Econômico da Alepe, Aluísio Lessa (PSB) se disse decepcionado que Itaú e Santander, convidados, não enviaram representantes.

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