Com base num parecer do Tribunal de Contas de Pernambuco negando a prática de crime fiscal pela gestão Paulo Câmara em 2015, o líder do governo, deputado Isaltino Nascimento (PSB), cobrou nesta tarde de segunda-feira (5/6) responsabilidade do opositor Edilson Silva (PSol), que havia pedido investigação do TCE a uma suposta prática de pedalada fiscal naquele ano.
“Nós temos a premissa de atuar com seriedade e ética. Vir aqui à tribuna trazendo pseudo denúncia é fácil. Agora o correto seria voltar e pedir desculpas ao governador Paulo Câmara, que é um gestor probo e que atua com ética”, disse Isaltino na tribuna.
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O líder do governo leu o parecer do TCE na íntegra, atestando não haver fraude ou burla na contabilidade do Estado, nem ofensa à Lei de Responsabilidade Fiscal. No documento, o tribunal explica que os lançamentos anulados (alvo do questionamento do deputado do PSol) foram considerados tecnicamente necessários, sendo correção de informações.
Edilson não estava no plenário no momento da crítica. Havia participado do grande expediente e saído para uma reunião. Mais tarde, evitou responder à provocação. Por meio da assessoria, avisou que irá analisar com a sua equipe os documentos durante a semana, e, só depois dará seu posicionamento.
Edilson Silva questionava anulações de empenhos em 2015
No último dia 23, o deputado Edilson Silva protocolou no TCE um pedido de investigação. Ao presidente do TCE, Carlos Porto, entregou um documento, questionando se anulações feitas na prestação de contas do governo tinham a intenção de burlar a Lei de Responsabilidade Fiscal. Alegou na ocasião que constava no Portal Eletrônico do TCE um total de R$ 2,88 bilhões em anulações de empenhos liquidados no ano de 2015, equivalentes a 10% das despesas naquele ano.