PERNAMBUCANO

Mendonça Filho vai deixar o Ministério da Educação em 5 de abril

Além de Mendonça, o ministro Fernando Filho, de Minas e Energia, também anunciou que deixará a pasta no dia 5 de abril

Cássio Oliveira
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Cássio Oliveira
Publicado em 22/03/2018 às 11:52
Lula Marques/ AGPT
Além de Mendonça, o ministro Fernando Filho, de Minas e Energia, também anunciou que deixará a pasta no dia 5 de abril - FOTO: Lula Marques/ AGPT
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O ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM), se reuniu com o presidente Michel Temer (MDB), na noite dessa quarta-feira (21), para comunicar que deixará o cargo em 5 de abril. "O último grande ato da pasta será dia 3, e dia 5 entrego o cargo", afirmou Mendonça ao Blog da Andréia Sadi. A informação foi confirmada ao JC pela assessoria do ministro.

Outro ministro pernambucano, Fernando Filho, de Minas e Energia, anunciou, ontem, na saída do evento de sua filiação ao MDB, que deixará a pasta no dia 5 de abril.

Mendonça ainda não decidiu a qual cargo vai concorrer, mas ele vem afirmando que suas opções são a reeleição na Câmara, o Senado ou o governo de Pernambuco. Já Fernando, deve focar na sua reeleição a deputado federal. Em relação à sucessão ao MEC, Mendonça sugeriu o nome da secretária-executiva Maria Helena de Castro, filiada ao PSDB. Como nem o PSDB nem o DEM pretendem apoiar a candidatura do MDB, Temer tem avaliado outros nomes.

Um deles é o da senadora Marta Suplicy (SP), que está disposta a abrir mão da disputa à reeleição para assumir o cargo. Pesquisas internas do MDB mostraram que ela teria dificuldades em uma eleição em São Paulo. Para o MME, Fernando Filho disse que a sua defesa não é por nomes, mas pela manutenção da linha adotada pelo ministério. “Tenho levado sempre para o governo que, independentemente do nome, nossa defesa é para que a gente possa manter nossa agenda que foi iniciada no Ministério de Minas e Energia”, afirmou o pernambucano ao jornal Folha de S. Paulo, ponderando que a decisão final é de Michel Temer.

REFORMA MINISTERIAL

Temer começará na próxima semana a reforma ministerial com mudanças nos comandos de Saúde e de Transportes. O que ficou combinado com o Palácio do Planalto é de que Ricardo Barros (PP, Saúde) deixará a pasta na segunda-feira (26) e Maurício Quintella (PR, Transportes) sairá na quarta-feira (28) ou quinta-feira (29).

Os dois deixarão os cargos para serem candidatos nas eleições deste ano. Quintella tentará uma vaga ao Senado por Alagoas. Barros quer se reeleger ao cargo de deputado federal pelo Paraná, onde sua mulher, Cida Borghetti, concorre ao governo local.

O presidente vai manter as pastas de Saúde e Transportes sobre o controle do PP e do PR, em uma tentativa de amarrar o apoio deles à candidatura presidencial do MDB. Para o lugar de Barros, pode ser nomeado o secretário de Ciência e Tecnologia da pasta, Marcos Fireman. Ele foi apontado em delação premiada como operador de propina da Odebrecht que teria sido repassada ao ex-governador Teotônio Vilela (PSDB). Em Transportes, há três cotados e todos figuraram no noticiário recente por causa de denúncias.

O ex-deputado federal Bernardo Santana (MG) apareceu em uma lista de contribuições ilegais da Odebrecht. O senador Wellington Fagundes (MT) depôs à Polícia Federal no inquérito que investiga se um decreto assinado por Temer beneficiou empresas da área de portos. E a ex-vice-presidente da Caixa Deusdina dos Reis Pereira é investigada por tráfico de influência. No total, pelo menos onze ministros deixarão seus postos para participar da disputa eleitoral.

Pelas regras eleitorais, ocupantes de cargos no executivo que não estejam disputando reeleição devem se desincompatibilizar até 7 de abril. Como cada um solicitou uma data diferente, as trocas serão feitas uma a uma, sem um anúncio geral.

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