desvios na mata sul

Torrentes: PF prende pastor e advogado suspeitos de lavagem de dinheiro em PE

As prisões do pastor e do advogado fazem parte da ''Operação Torrentes'', deflagrada no final do ano passado

JC Online
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Publicado em 16/05/2018 às 11:15
Foto: Divulgação/Polícia Federal
As prisões do pastor e do advogado fazem parte da ''Operação Torrentes'', deflagrada no final do ano passado - FOTO: Foto: Divulgação/Polícia Federal
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Um pastor e um advogado tiveram os mandados de prisão preventiva cumpridos nessa terça-feira (15) em mais uma ação da Operação Torrentes, na Região Metropolitana do Recife (RMR). De acordo com a Polícia Federal (PF), tanto o religioso quanto o advogado, estão sendo investigados pelos crimes de lavagem de dinheiro, corrupção ativa e tráfico de influência.

Os dois mandados foram cumpridos nos bairros de Piedade, em Jaboatão dos Guararapes, e no Espinheiro, no Recife. Segundo a PF, além dessas duas prisões, mais um mandado preventivo foi realizado em São Luís, no Maranhão. Lá, um Policial Militar, também suspeito de envolvimento com os mesmos crimes, foi preso por agentes da Polícia Federal.

Os três suspeitos foram interrogados, encaminhados para realização de exame de corpo e delito nos Institutos de Medicina Legal das respectivas cidades, levados à audiência de custódia e direcionados aos centros prisionais.

O pastor e o advogado foram levados para o Centro de Observação Criminológica e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, na RMR. Três equipes com 12 agentes federais foram distribuídas para realizar as prisões preventivas disponibilizadas pela 13° Vara da Justiça Federal .

Entenda a operação

A Operação Torrentes apura o desvio de recursos federais enviados para ajudar vítimas das enchentes de 2010 e 2017 em Pernambuco. Há 13 dias, a PF cumpriu 15 mandados de prisão temporária e 21 de condução coercitiva na operação para apurar indícios de superfaturamento, fraude em licitação e corrupção de servidores públicos durante o socorro às vítimas das enchentes coordenado pela Casa Militar.

Ao todo, a União destinou R$ 455 milhões ao Estado. Segundo a PF, em alguns contratos a fraude pode chegar a 30% do valor. Na época, o Palácio do Campo das Princesas classificou a operação como uma “espetacularização negativa” e defendeu as ações na Mata Sul por meio de nota.

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