ELEITORAL

Eleitores de Tocantins vão escolher novo governador no domingo (24/06)

Isso ocorre porque a eleição para governador de 2014 foi anulada no Tocantins

Ângela Fernanda Belfort
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Ângela Fernanda Belfort
Publicado em 17/06/2018 às 7:01
Foto: Agência Brasil
Isso ocorre porque a eleição para governador de 2014 foi anulada no Tocantins - FOTO: Foto: Agência Brasil
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Os eleitores do Tocantins vão escolher um novo governador no próximo domingo (dia 24). O escolhido passará menos de seis meses no cargo. Isso ocorreu porque a eleição que ocorreu em 2014 foi anulada. O vencedor do pleito no segundo turno será diplomado até o dia 9 de julho e exercerá o cargo até 31 de dezembro próximo. “É um absurdo. O gasto de recursos é grande pra se fazer uma eleição desse tipo. Deveria ter uma regra, em todo o território nacional, que evitasse a realização de um pleito para poucos meses de mandato”, defende o advogado eleitoral Paulo Fernandes Pinto.

E, no caso de Tocantins, ocorreu uma eleição no último dia 03 de junho quando compareceram as urnas 711,4 mil pessoas de 1 milhão de cidadãos que estavam aptos a votar. O candidato mais votado foi Mauro Carlesse (da coligação PHS/DEM/PTC/PRB/PMN/PP/PPS) que obteve 30% dos votos, o que determinou a realização do segundo turno no próximo domingo.

Mas como é que pode uma eleição ser anulada mais de três anos após a eleição? “São vários fatores que fazem o processo judicial demorar. Há uma infinidade de recursos e expedientes protelatórios usados nos processos judiciais”, conta Paulo.

LETARGIA

“Há uma letargia no processo judicial. O Supremo Tribunal Federal (STF) deveria rever alguns processos para acelerar esse tipo de processo como o do Tocantins. É terrível”, explica o professor de Comunicação Política da Universidade Presbiteriana Mackenzie em São Paulo, Roberto Gondo. E acrescenta: “não vejo um ambiente propício para essas mudanças no Brasil porque o judiciário está com outras demandas importantes, como o acompanhamento jurídico das informações que estão sendo levantadas pela Polícia Federal”. Ele estava se referindo aos desdobramentos da Operação Lava Jato, um esquema de propina bilionário envolvendo diretores da Petrobras, donos de empreiteiras e políticos de quase todos os partidos.
Gondo também argumenta que “a indefinição desse período (dos três últimos anos) atrapalhou o desenvolvimento econômico do Tocantins”.

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