Em sabatina realizada pela Rádio Jornal nesta terça-feira (7), a pré-candidata ao Governo de Pernambuco pelo PSTU, Simone Fontana, defendeu o direito da população se defender de violências sofridas pelo tráfico e pela própria Polícia. "O Estado está armado, a burguesia está armada e a população está desarmada", cravou a pré-candidata.
A ideia gira em torno da formação de comitês de auto defesa nas comunidades. "A gente defende que a população tenha direito a autodefesa quando a policia chega, chega barbarizando. Um estudante em itambé estava em uma passeata pela paz, levou um tiro e morreu", afirmou Simone, em referência a morte de um jovem atingido por uma bala de borracha durante manifestação em Itambé, na Zona da Mata de Pernambuco, em março de 2017.
Ao ser questionada se defende o armamento da população, Simone desconversou. "Meu projeto é a autodefesa da população. Hoje a população entra no barro sem energia de peito aberto para o tráfico de drogas, a polícia está voltada para defender a propriedade privada, não a população. A quantidade de bala perdida que atinge inocentes é alarmante", contou.
Apesar do pré-candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) defender o armamento, Simone Fontana ressaltou que o projeto dele está no extremo oposto dos ideais defendidos pelo PSTU. "Bolsonaro é um fascista, é um politico que não tem chance nenhuma de ir para a frente, não temos nada a ver com ele. É um absurdo comparar a nossa candidatura que defende o socialismo. Bolsonaro defende mais riqueza, ele defende a ditadura. Quem está armado são os ricos e poderosos. A população está de peito aberto para levar bala de todo mundo", afirmou.
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Projeto alternativo
Simone defende ainda um projeto alternativo de sociedade onde a classe trabalhadora possa ter mais protagonismo na tomada de decisões administrativas, uma vez que os parlamento atual, segundo ela, não cumpre o papel de representar o povo. "A Assembleia Legislativa não leva a sério os anseios da população. Estão lá pessoas ligadas aos ricos de Pernambuco", disparou a pré-candidata. Para ela, a população deveria ser ouvida por meio de assembleias populares e os parlamentares deveriam referendar as diretrizes aprovadas por essas organizações.