Homenagem

Miguel Arraes terá seu nome no Livro de Heróis da Pátria

O projeto foi aprovado nessa quinta-feira (9). A relatora da proposta afirmou que a marca da política de Miguel Arraes foi a sua luta pela democracia e o combate a desigualdade social do país

JC Online
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Publicado em 10/08/2018 às 7:23
Foto: Alexandre Severo/Acervo JC Imagem
O projeto foi aprovado nessa quinta-feira (9). A relatora da proposta afirmou que a marca da política de Miguel Arraes foi a sua luta pela democracia e o combate a desigualdade social do país - FOTO: Foto: Alexandre Severo/Acervo JC Imagem
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O ex-governador de Pernambuco, Miguel Arraes, poderá ter o seu nome escrito no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria. O Projeto de Lei da Câmara (PLC) 136/2017, que propõe a inclusão do nome, foi aprovado nessa quinta-feira (9) pelo Plenário do Senado e segue para a sanção presidencial.  

“Miguel Arraes é um daqueles personagens da nossa história que honra o exercício da política. A marca da sua atuação política, foi de fato, a luta pela democracia e o combate as históricas e gravíssimas desigualdades sociais que marcam o nosso país”, afirmou a senadora Lídice da Mata (PSB/BA), relatora da proposta.  

Segundo o presidente do senado, Eunício Oliveira (PMDB/CE), a homenagem também é para o neto de Arraes, o ex-governador Eduardo Campos, que faleceu em um acidente aéreo, em 2014. “Pela história do nosso saudoso e querido Miguel Arraes e uma extensão de homenagem ao meu querido amigo, que se foi tão cedo, Eduardo Campos”.  

O Livro de Heróis e Heroínas da Pátria está guardado no Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, em Brasília. Também estão na lista nomes como: Tiradentes, Anita Garibaldi, Santos Dumont, Zumbi do Palmares, entre alguns personagens importantes da Insurreição Pernambucana, como Francisco Barreto de Menezes e Antônio Felipe Camarão. 

História de Miguel Arraes

Apesar de nascer no Ceará, Miguel Arraes fez a sua carreira política em Pernambuco. Foi deputado federal e estadual, prefeito de Recife, três vezes governador do estado e presidente do Partido Socialista Brasileiro (PSB) até 2005, ano de sua morte.

Seu primeiro mandato no governo foi interrompido pela ditadura militar, após a sua prisão em 1964. Ele precisou sair do país e passou mais de dez anos exilado no Chile e na Argélia. Retornou para o Brasil após a Lei da Anistia, em 1979. Arraes foi recebido por cerca de 50 mil pessoas em um comício no Recife. Foi reeleito para o Governo do Estado em 1987 e 1995. 

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