Entrevista à Rádio Jornal

Geraldo Julio descarta armar guarda municipal

No último sábado (29), Bolsonaro afirmou que pretende garantir por meio de decreto a posse de armas de fogo a cidadão sem antecedentes criminais

Da editoria de Política
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Publicado em 03/01/2019 às 11:59
Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
No último sábado (29), Bolsonaro afirmou que pretende garantir por meio de decreto a posse de armas de fogo a cidadão sem antecedentes criminais - FOTO: Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
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Em tempos em que o porte de armas gerou debate no Brasil graças as declarações do presidente Jair Bolsonaro (PSL) no último sábado (29), o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), negou que irá distribuir armas de fogo com os guardas municipais da capital para ajudar no combate à violência. 

"A prefeitura não vai comprar duas mil pistolas para distribuir com os guardas municipais. A guarda municipal tem um papel fundamental para cuidar dos equipamentos públicos, para fazer ações de cidadania, também dentro do Compaz. Também há o cuidado da patrulha Maria da Penha que atende às mulheres vítimas de violência doméstica", cravou. 

Jair Bolsonaro, afirmou no último sábado (29) no Twitter que pretende garantir por meio de decreto a posse de armas de fogo a cidadão sem antecedentes criminais. A posse dá ao cidadão o direito de manter a arma em casa. Para sair de casa com a arma, é preciso ter autorização para o porte.

"Por decreto pretendemos garantir a posse de arma de fogo para o cidadão sem antecedentes criminais, bem como tornar seu registro definitivo", afirmou o capitão reformado. 

Ainda segundo o socialista, é preciso respeitar os papéis de cada força policial. "A polícia federal tem um papel, a civil tem um papel e a municipal, junto com a prefeitura tem um papel com a cidadania. Eu acredito nisso", completou. 

Nordeste e falta de ministros 

Em entrevista à Rádio Jornal na manhã desta quinta-feira (03), o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), lamentou a ausência de nordestinos na composição do governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL). Ainda segundo o socialista, é necessário esperar um tempo para ir visitar o novo comandante do País em Brasília. 

"Claro que gostaríamos de ver nordestinos no novo governo, o Brasil tem cinco regiões, mas o sul e sudeste são diferentes, a sua economia, o clima são bem diferentes. O Nordeste exige sim uma politica de desenvolvimento que eu acho que as questões serão tratadas com muito dignidade", disse.

Questionado quando iria realizar uma visita à Brasília, Geraldo afirmou que ainda não é tempo para fazer o encontro, onde os ministros definidos pelo capitão reformado ainda precisam escolher quem fará parte das respectivas pastas. 

Durante o debate da Rádio Jornal desta quinta-feira (3), o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), ao se posicionar sobre as perspectivas da relação entre Pernambuco e o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL), queixou-se da atuação dos ministros pernambucanos que atuaram durante o governo Michel Temer (MDB). 

"Alguns ministros se perderam na corrida eleitoral, acho que alguns usaram aquela oportunidade para ganhar as eleições de 2018", disparou o prefeito.

Na gestão de Temer, quatro nomes do Estado de Pernambuco comandaram pastas do alto escalão do governo federal. Foram eles Mendonça Filho (DEM), de Educação; Fernando Filho, em Minas e Energia; Bruno Araújo, de Cidades; e Raul Jungman, na Defesa e posteriormente no Ministério Extraordinário da Segurança Pública. Os três primeiros fazia parte do bloco de oposição ao governador Paulo Câmara (PSB) nas eleições de outubro, sendo Bruno e Mendonça candidatos ao Senado Federal na chapa encabeçada pelo senador Armando Monteiro (PTB). 

"O povo não é besta, o poso é sabido, sabe ler as coisas, o povo viu claramente o resultado das eleições de Pernambuco que os ministros que estava lá, na sua maioria, em vez de estar cuidando do estado, estavam tentando atrapalhar o governo de Paulo Câmara e no lugar de ajudar o governo de Paulo Câmara tentaram prejudicar", completou Geraldo. 

Na visão do prefeito, o novo governo de Bolsonaro não demonstra, até então, que irá fazer "esse tipo de jogo" em prol de interesses politico-partidários. "Infelizmente o governo que acabou do presidente Michel Temer fizeram isso", contou. 

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