A Polícia Civil detalhou, em coletiva na manhã desta quarta-feira (16), na sede do Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Draco), a operação 'Anticorrupção II', deflagrada na Câmara Municipal de Aliança, na Zona da Mata de Pernambuco, nesta quarta. Ação tinha como objetivo desarticular um esquema de corrupção que envolvia servidores fantasmas e seis vereadores.
Segundo o chefe da Polícia Civil, Joselito do Amaral, foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão durante a operação. Os alvos da ação policial são suspeitos de praticar crimes de peculato, falsidade ideológica e organização criminosa. Joselito do Amaral ainda disse que entre os investigados está a presidente da Câmara, Maria José de Oliveira (DEM).
Em acordo de delação premiada, os servidores envolvidos no esquema afirmaram que recebiam gratificações de até cem por cento do valor do salário de assessores parlamentares sem trabalhar. "Os servidores daquela Câmara se locupletavam com salários e gratificações de até cem por cento dos salários. Eles foram unânimes em dizer que recebiam sem trabalhar e que isso acontecia há cerca de dois anos.", informou Amaral. Durante a operação, computadores, celulares e materiais da Diretoria de Recursos Humanos da Câmara foram apreendidos.
Prejuízo aos cofres públicos
A Polícia Civil estima um prejuízo de R$ 500 mil aos cofres públicos em virtude dos crimes. Segundo o chefe da corporação, a polícia ainda investiga como se dava a participação dos vereadores no esquema. "A investigação tem esse objetivo: conhecer as contrapartidas recebidas pelos vereadores", disse Joselito do Amaral, que afirmou ainda que serão pedidas as prisões dos envolvidos após o robustecimento das provas. "Vamos robustecer as provas e solicitar as prisões dos suspeitos em seguida", disse ele.
