Em entrevista à Rádio Jornal, na manhã desta quarta-feira (20), o senador e ex-candidato à Presidência do Brasil Álvaro Dias (Pode-PR) afirmou que não aceita que as pessoas coloquem a reforma da Previdência como a 'salvadora da Pátria'. O senador também saiu em defesa de outras reformas, que para ele são tão essenciais para o País e mesmo assim são esquecidas pelo Congresso Nacional.
"Eu tenho combatido essa ideia que a reforma da Previdência salva o País desses problemas. Ela é importante, tem que ser feita, mas não aceito que coloquem a reforma da Previdência como a salvadora da Pátria", afirmou Dias.
Ele também acrescentou que a reforma econômica é tão importante quanto a da Previdência e o Pacote Anticrime apresentado na última terça-feira (19) pelo ministro da Justiça, Serio Moro.
"Eu coloco por exemplo a reforma que não se fala, que é a reforma do sistema financeiro, somos reféns dos bancos. Hoje, os cinco maiores bancos, só de tarifas tem 153 bilhões por ano, não to falando de de juros, de cartão de crédito, tô falando apenas de tarifa. A dívida está crescendo e não se fala nisso. Como se fala de gerar emprego e não fala da reforma tributária. São reformas essenciais e urgentes para o País", completou em entrevista ao programa Passando a Limpo.
Quando questionado sobre o Pacote Anticrime proposto por Moro, Álvaro afirmou que é necessário, de um jeito ou de outro, ser aprovado a criminalização do Caixa 2. Ponto esse que foi retirado da proposta do ministro da Justiça.
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Críticas
Outro ponto discutido na entrevista foi com relação a queda da mudança na Lei de Acesso à Informação, discutida na última terça (19), pelos deputados federais no Congresso. Segundo Dias, a decisão de vetar a mudança na Lei do Acesso à Informação também ocorrerá no Senado Federal.
"Em primeiro lugar nós estamos aqui para ajudar o país. Agora nós não podemos validar tudo que vem do executivo, essa decisão do executivo foi um retrocesso, precisamo evoluir. A transparência é fundamental, o governo não pode esconder, ele tem que revelar. Essa lei de acesso à informação foi um avanço importante, porque o Governo sempre tem uma forma de emparelhar o que perguntamos. Quando chegar ao Senado terá o apoio de derrubada desse decreto. O nosso dever é que o Brasil mude", disse o senador.
Com relação ao senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), escolhido para ser líder do Governo no Senado, Álvaro Dias afirmou que atua de maneira independente e que assim não cabe a ele falar sobre o assunto.
"Eu não devo opinar sobre a escolha. Cabe ao presidente escolher a sua imagem e semelhança. Ele teria 80 opções, menos o presidente, ele escolheu o de Pernambuco e o fez porque se identifica mais com ele do que com os outros", acrescentou.