12ª Marcha dos Prefeitos

Presidente da Amupe diz que Bolsonaro foi 'econômico' em discurso a prefeitos

Na avaliação de José Patriota, presidente da Amupe e prefeito de Afogados da Ingazeira, o presidente Bolsonaro foi muito econômico nas suas palavras

JC Online e Estadão Conteúdo
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Publicado em 09/04/2019 às 21:01
Foto: Divulgação/Amupe
Na avaliação de José Patriota, presidente da Amupe e prefeito de Afogados da Ingazeira, o presidente Bolsonaro foi muito econômico nas suas palavras - FOTO: Foto: Divulgação/Amupe
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Na avaliação do presidente da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), José Patriota, o discurso do presidente Jair Bolsonaro na abertura da 12ª Marcha dos Prefeitos, nesta terça-feira (9),  em Brasília, foi 'econômico'.

"O presidente da Amupe e prefeito de Afogados da Ingazeira, José Patriota, avaliou o discurso do presidente Jair Bolsonaro, na abertura da Marcha dos Prefeitos a Brasília, como mais um mais um diagnóstico do que propriamente proposta de ação. Ele foi muito econômico nas suas palavras, o que gerou muita expectativa por parte dos prefeitos", diz nota divulgada pela Amupe.

Bolsonaro na 12ª Marcha dos Prefeitos

Em um breve discurso, de cerca de 10 minutos, o presidente da República, Jair Bolsonaro, citou três vezes o nome do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu o "uso racional da Amazônia", os valores da família e também a reforma da Previdência.

"Sobre a Previdência, temos uma encruzilhada pela frente. Como disse Maia aqui, quem gostaria de fazer a reforma? Nós somos obrigados a fazer. Pelas minhas andanças pelo mundo, aguardam uma sinalização nossa de que queremos equilibrar nossas contas, que temos responsabilidade", disse. 

Bolsonaro ressaltou a necessidade de se investir em educação e tecnologia e disse que a economia brasileira não pode continuar dependendo de commodities. Nessa área, ele elogiou a atuação do ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, a quem chamou de "orgulho da nação" e afirmou que Pontes está em busca de parcerias pelo mundo para suas áreas.

Em relação à educação, Bolsonaro afirmou que "temos de formar profissionais e não militantes". "Temos a função das nossas escolas, que é formar bons profissionais", disse. "Queremos homens e mulheres, nossos filhos melhores do que nós. E nós faremos nossos filhos melhores do que nós", disse antes de citar que "nossos valores" foram desgastados nos últimos anos.

"Vamos trabalhar para isso. Eu, Maia, (Davi) Alcolumbre (presidente do Senado) podemos fazer. E o povo vai estar do nosso lado. O povo deve dizer para onde devemos ir e não o contrário", disse.

O presidente disse ainda ser um defensor do Bolsa Família. "Tanto é que vamos apresentar amanhã o 13º", disse.

Ele afirmou ainda que fará viagens para China, para os países árabes e novamente para os Estados Unidos. Na sequência, o presidente emendou que pretende explorar racionalmente a Amazônia. "Queremos o índio do nosso lado. Ele é nosso irmão", disse. "Não podemos criar impedimentos", disse.

O presidente fez ainda um pedido de união entre os brasileiros e confessou que acabou abandonando o script de seu discurso, levado pela emoção de se dirigir a uma plateia a qual ele classificou como "seleta, patriota e temente a Deus".

"Meus amigos, meus irmãos, disseram Maia e Alcolumbre aqui, temos pouco realmente (orçamento da União), mas queremos dividir o pouco com vocês com o pacto federativo", afirmou.

Participação de Paulo Guedes

De acordo com a Amupe, Patriota ficou mais otimista durante a tarde, quando o ministro da Economia, Paulo Guedes, "deu mais profundidade às intenções do modelo que ele está pretendendo e defendendo fazer, deixando as coisas mais claras".

"Falta a gente, de fato, acompanhar como vai ser o procedimento; pois o ministro está defendendo a Reforma da Previdência, que é bastante discutível; o Pacto Federativo, que acompanha, sobretudo, a Reforma Tributária, e, também, outras medidas, inclusive, emergenciais. E que possa, ainda este ano, liberar algum recurso para estados e municípios", afirmou Patriota.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, pretende já no ano que vem transferir para Estados e municípios 70% dos recursos que a União arrecadar com o pré-sal. "Minha equipe vai ficar brava porque queriam o repasse maior de recursos do petróleo gradualmente, mas tem que ser agora", disse Guedes.

Na segunda-feira, Guedes defendeu que o repasse de recursos do pré-sal aos entes não precisaria passar pelo Congresso Nacional, mas o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu a necessidade de uma emenda constitucional para isso.

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