Atualizada às 13h39
Após meses de polêmicas e votações, ficou marcado para esta quinta-feira (23), a votação do impeachment do prefeito de Camaragibe, Demóstenes Meira (PTB), no Plenário da Câmara dos Vereadores do município. A sessão está marcada para acontecer às 9h e será aberta ao público.
A comissão, que apresentou a decisão favorável no último dia 16, ficou formada pelos vereadores Roberto da Loteria (PTC) e Leandro Lima (PRP), conhecido por Léo da Família. Com a aprovação, a vice-prefeita Nadegi Queiroz (PSDC) será convocada para tomar posse como prefeita de Camaragibe. Se a maioria qualificada não for atingida, o processo de Demóstenes Meira será arquivado e ele seguirá como gestor da cidade.
Segundo o Blog de Jamildo, para tentar barrar a votação dos vereadores, Meira entrou com um mandado de segurança nesta quarta-feira (22) contra o pedido de impeachment. Entretanto, a Justiça não decidiu ainda se acata ou não o pedido de liminar solicitado pelo político.
A iniciativa de cassar o mandato do petebista ocorreu após um áudio vazado em que o gestor da cidade exigiu que os cargos comissionados participassem de um bloco carnavalesco em que sua noiva, a secretária de Assistência Social do município, Taty Dantas, foi uma das atrações.
A Câmara é formada por 13 parlamentares e para que o processo de impeachment seja aprovado, serão necessários dois terços dos votos, ou seja, o voto positivo de nove vereadores.
Leia Também
Relembre o caso
Realizado no dia 26 de fevereiro, a abertura do processo de impeachment de Meira deu início quando os cinco, dos 13 vereadores presentes, votaram a favor do processo. Ainda houve quatro votos de abstenção e quatro votos contra. Em meio à votação, três vereadores deixaram o local, e logo em seguida receberam vaias e xingamentos por parte do público presente.
Durante a leitura do processo de impeachment, o presidente da Casa, vereador Toninho (PTB), defendeu que é necessário a investigação das excessivas denúncias contra o gestor. "Estou aqui para essa Casa possa investigar, para que possa fazer o papel dela de investigadora. Essa Casa não pode deixar de dar uma resposta para a comunidade de Camaragibe. Eu espero que essa Casa dê uma resposta à altura. Não tenho medo de ameaça, não tenho medo de cara feia", afirmou o vereador.
A partir do início do processo, os 13 vereadores tiveram de oito a 60 dias para votarem pela cassação ou rejeição do pedido.