Previdência

Para líderes pernambucanos, novo texto da Previdência é 'satisfatório'

Agora a discussão da vez será tentar incluir estados e municípios para que seja votada em Plenário

Anna Tenório
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Anna Tenório
Publicado em 15/06/2019 às 8:47
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Agora a discussão da vez será tentar incluir estados e municípios para que seja votada em Plenário - FOTO: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
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Com previsão de votação do texto da reforma da Previdência para até 7 de julho no plenário da Câmara dos Deputados, as articulações partidárias para negociar os pontos principais da proposta ganham um novo contorno. Apesar das críticas a pontos estratégicos do texto, parlamentares pernambucanos ouvidos pelo JC argumentam que o conteúdo apresentado foi “satisfatório”.

“Seja qual for a proposta, que seja aprovada, quer mais próxima do que quer o governo quer mais próxima do que querem as oposições e o PSB. Entende-se que é de todo recomendável que se incluam Estados e municípios, porque aí eu acho não dá para ficar pensando modelos fragmentados de aposentadoria”, ponderou o deputado Tadeu Alencar, líder do PSB na Câmara.

Estados e municípios

Na próxima semana, deputados se reúnem com suas bancadas para reavaliar posicionamentos e levar demandas para a comissão temática. A discussão sobre as aposentadorias, que inicialmente acontecia apenas no plano nacional, iluminou também a situação fiscal de Estados e municípios, depois que foram ameaçados de ser retirados da proposta do governo.

A questão, ainda indefinida, é encarada por parte dos congressistas como uma forma de o governo pressionar os governadores a apoiar a reforma. “Eu acho que o relatório vai ao encontro de um sentimento da Casa, que é preservar exatamente essas categorias mais sacrificadas e tirá-las da reforma, até para não contaminar o todo. Acho que uma das coisas importantes da reforma é combater os privilégios e entendo que isso está sendo feito”, avalia o deputado Augusto Coutinho (Solidariedade), ao explicar que o texto do relatório foi construído em conjunto com os partidos e que o relator ouviu as reivindicações dos deputados, que pediram a retirada de mudanças no Benefício de Prestação Continuada (BPC) e na aposentadoria rural.

Na mesma linha, Daniel Coelho (Cidadania) argumenta que o relatório foi produzindo em “consenso” com as bancadas. “Está tudo dentro do que vinha sendo construído e do que vinha sendo divulgado. Por mais que a gente tenha deixado público que esses itens estavam fora, como algumas pessoas já acreditavam que também faziam parte, realmente agora fica concreto com o relatório e ficará completo também quando ele for aprovado dentro da comissão”, explica.

Segundo o vice-presidente da comissão que avalia a reforma, Silvio Costa Filho (PRB), os parlamentares já começaram a se inscrever para participar das reuniões da comissão. “A gente vai ter reuniões para poder debater o relatório na terça e na quarta. Já são mais de 130 parlamentares, entre líderes, titulares e membros inscritos, e a nossa meta é que a gente possa votar o relatório no dia 26 ou 27, é nossa expectativa. Para no plenário nós votarmos a partir do dia 2”, calculou o parlamentar.

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